Pinheirão alviverde. Primeiro ato
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) vai amanhã (1/9) bater o martelo sobre o futuro do Pinheirão durante uma assembleia-geral com seus filiados. Tudo indica, será dada carta branca para a entidade vender o imóvel. O encontro será pela manhã, na sede do Trieste.
Clubes e ligas de futebol amador do estado serão ouvidos pela FPF, conforme rege o estatuto. A votação é com peso igualitário, logo Coritiba, Atlético, Paraná e Londrina têm o mesmo peso que a Liga de Palmeira.
Conforme recente reportagem desta Gazeta, mais de 100 “alvarás” estão listados pela FPF para votar amanhã. Aqueles que estiverem em dívida podem quitar os débitos até a véspera da reunião para manter seu direito a voto. Não há número mínimo de participantes para a assembleia ter validade e a decisão será feita por maioria de votos.
O resultado da consulta será, certamente, pelo sim à venda. Mas há comprador? Não tenha dúvida. E o que o pretenso novo proprietário quer com aquela área sucateada? Construir um novo estádio. Para quem? O Coritiba.
No parágrafo acima está o resumo de tudo. Qualquer coisa diferente disso é jogo de cena dos envolvidos. Há um compreensível sigilo nas tratativas, claro, porém não existe dúvida da jogada.
Um grupo de investidores planeja despender cerca de R$ 1 bilhão no empreendimento. O valor de venda do estádio pode chegar a R$ 80 milhões. A quantia é suficiente para cobrir as dívidas da FPF, calculadas em cerca de R$ 50 milhões, com IPTU, INSS e Atlético (este tem um crédito estimado em R$ 15 mi).
Copa do Mundo não é o motivo central do tal “novo Pinheirão”. Coritiba e o investidor não colocam o evento como primordial. Agora, claro, existe uma fagulha de esperança que a praça esportiva do Tarumã desbanque o confuso plano para a conclusão da Arena.
Enfim, amanhã teremos um novo capítulo dessa novela. A dúvida é a seguinte: será que a FPF não terá de abrir o jogo, o parte dele. Veremos.