O pé esquerdo de Netinho segue sendo o melhor atalho para o gol no Atlético

Giuliano Gomes / Gazeta do Povo
Netinho: mais uma assistência para a conta dele.

Que diferença faz começar a temporada com uma jogada pronta. O Atlético desenrolou a partida contra o Rio Branco, no litoral, da mesma forma que desenrolou muitos jogos no Brasileiro passado: bola alçada por Netinho, cabeceio para o gol.

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O Furacão decidiu o jogo no litoral com o gol de Rafael Moura. Depois dele, o Leão saiu para o ataque e o Atlético aproveitou-se de lances individuais e contra-ataques para vencer.

No segundo gol, a pixotada do goleiro Célio combinada ao oportunismo de Lima (que fez boa reestréia no Rubro-Negro). No terceiro, na jogada individual do bom Alex Sandro, com direito a caneta no beque parnanguara.

Gostei também do Julio dos Santos. Mexeu bem dos dois lados, deu bons lançamentos, justificou a confiança de Geninho.

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O mesmo não se pode dizer de Alberto. O experiente lateral foi expulso por uma falta boba, no meio-de-campo, típica de quem não tem fôlego para marcar.

Alberto é o ponto fraco do time do Atlético. Se eu fosse técnico de um clube que enfrenta o Atlético, colocaria um armador aberto pela esquerda e um jogador de velocidade nas costas do Alberto. Chegaria toda hora à linha de fundo por ali e ainda tiraria a todo momento um zagueiro da área para cobrir o camisa 2.

Geninho precisa corrigir logo esse problema, sob risco de sofrer conta equipes mais fortes que o Rio Branco.

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O que o Furacãozinho pode dar ao Furacão?


Furacão foi valente e fez ótima campanha na Copinha, mas não conseguiu a vitória na final contra o Corinthians

A lentidão de Alberto (que, lembrem, vem do ano passado) pode precipitar a primeira promoção do bom Atlético da Copinha ao profissional. Raul foi um dos destaques do Furacãozinho, especialmente no apoio – e tem gás de sobra para voltar. Sinto que será o primeiro a ter chance entre os profissionais.

Para os demais, a espera deve ser maior. Manoel, o zagueiro, tem Rhodolfo e Gustavo Lazaretti à sua frente. Acho pouco provável que vá ao profissional já em 2009.

Willian é um armador. Com característica similar à dele no time de cima, apenas Julio dos Santos e Gabriel Pimba. Pode aparecer em alguns jogos ao longo do ano, entrando no segundo tempo.

Para os atacantes, a concorrência é dura. Patrick é centroavante de área, como só Pedro Oldoni é no profissional (ou deveria ser). Mas Geninho já deixou claro que não faz questão de um homem de referência. Até porque Rafael Moura e Lima podem fazer esse papel, mas também se movimentam bem.

Eduardo Salles tem essa movimentação, mas, a exemplo de Patrick, está atrás de todos os seis atacantes do elenco profissional. Embora sejam melhores que Pedro Oldoni, Jorge Preá e Walysson.

Como todos os garotos têm hoje no máximo 18 anos, Geninho e os meninos não precisam de pressa. Eles podem participar dos treinos com o elenco profissional, ser relacionados, ficar algumas vezes no banco, ir entrando aos poucos… Enfim, um processo que pode, tranqüilamente, ser conduzido ao longo deste ano, para que eles não sintam a transição da base, onde jogam com meninos da sua idade, para o profissional, com estádio cheio, imprensa em cima e um bando de macaco velho em campo.

Quanto ao resultado, o time está de parabéns. Levou o nosso futebol até onde jamais havíamos ido. E fazendo grandes jogos, mostrando uma raça fora do comum. Parabéns, piazada.

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