O paredão New York Knicks

Terminada a segunda semana da liga norte-americana de basquete, apenas o New York Knicks segue invencível. Surpreendente. Principalmente se analisadas as estatísticas dos times da NBA. O único número em que os nova-iorquinos lideram é o de erros. São em média 11,2 por partida. Para triunfar falhando tanto, a solução é simples: forçar o adversário a errar ainda mais. Tem funcionado.

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Por enquanto, o Knicks tem a terceira melhor marca no quesito “erros dos adversários”. A forte defesa do time da Grande Maçã leva os oponentes a desperdiçarem seus ataques 18 vezes por duelo. E a barreira criada na frente do garrafão rende ainda a segunda melhor campanha em roubos de bola do torneio. A turma de Nova Iorque bate a carteira dos rivais 10,25 vezes por confronto. Todo esse esforço na retaguarda teve sucesso contra Miami (104 a 84), Philadelphia (100 a 84 e 110 a 88) e Dallas (104 a 94).

No ataque, são duas armas. A primeira é o faro de “artilheiro” de Carmelo Anthony. O cara é simplesmente o cestinha da NBA. Faz 27,3 pontos por jogo, deixando para trás James Harden (26,5), Kobe Bryant (26,1) e Kyrie Irving (22,9). A determinação de Anthony em botar a bola na cesta também tem seu lado negativo. Muitas vezes, o camisa 7 de 104 kg e 2,03 m exagera no egoísmo.

Outra carta na manga do Knicks é o conjunto. O time troca passes com velocidade e precisão, além de ter uma boa movimentação no território inimigo. É comum alguém aparecer livre para o arremesso – se entra ou bate no aro, aí é outra história. O elenco de apoio também tem dado conta do recado quando os titulares descansam.

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Para o início da temporada, o invicto Knicks não tem Amare Stoudemire, pois o grandalhão de 2,11 m ainda se recupera de uma cirurgia no joelho esquerdo. Com isso, Carmelo Anthony, originalmente um Small Forward (posição 3 ou ala) tem jogado como Power Forward (posição 4 ou ala-pivô), abrindo espaço para Ronnie Brewer (29 minutos por partida) e o especialista em cestas de 3 pontos Steve Novak (22 minutos) – ambos na sétima temporada da liga – se alternarem na função de ala. A volta de Stoudemire, provavelmente em janeiro, vai implicar em mudanças no estilo de jogo da equipe.

Completam o time titular o pivô Tyson Chandler, o veteraníssimo ala-armador Jason Kidd – frequentemente substituído por JR Smith – e o armador Raymond Felton.

JR Smith tem saído bem do banco. Atua 34 minutos por partida, com média de 17,5 pontos. Felton e Brewer também têm média de pontuação acima de 10: 12,3 e 10,5, respectivamente. Chandler bate na trave, com 9,3 pontos – 62% de aproveitamento.

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Nesse princípio de campeonato, porém, o mapa da mina nova-iorquino – melhor largada de temporada em 19 anos, quando acumulou 7-0 em 1992/1993 – tem sido abrir vantagem o mais rápido possível e administrar o resultado alternando titulares e reservas em quadra. A estratégia demorou um pouco mais a funcionar contra o Dallas, que achou uma forma de entrar no garrafão de Chandler. Quando o buraco fechou, depois do intervalo, acabou a brincadeira para o Mavs.

Apesar da boa mistura encontrada pelo técnico Mike Woodson, com especial sucesso na defesa, o Knicks não deve ter gás para brigar pelo título da liga. Se chegar à decisão da Conferência Leste, com o atual campeão Miami Heat, já pode considerar este um ano feliz.

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