A entrevista do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para a repórter Daniela Pinheiro, da revista Piauí, revela a personalidade obscura do dirigente – a pessoa que conduz o futebol brasileiro de forma absolutista.
É uma leitura obrigatória para quem está preocupado com o destino do esporte no país e, especialmente, com os desdobramentos da Copa do Mundo de 2014.
Chega-se ao fim da reportagem, com a convicção de estarmos diante de uma pessoa rancorosa, blasé e autoritária.
Sobre as constantes denúncias envolvendo o seu nome, Teixeira sentencia à jornalista: “Só vou ficar preocupado, meu amor, quando sair no Jornal Nacional”, disse.
Sobre as acusações de corrupção: “Não ligo. Aliás, caguei. Caguei montão.”
E ameaça: “Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E aí, acabou.”
O melhor da reportagem, no entanto, está nas entrelinhas. Os tiques, as manias, o estilo de vida do mandatário da CBF são descritos de forma peculiar.
Seria um excelente perfil, não fosse um assustador alerta.