No mínimo, estranho

Dando uma corujada pelo extrato virtual do movimento processual do caso Batista x Adap, descobri algo que me deixou intrigado e, no mínimo, exige alguns esclarecimentos.

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Para quem não sabe, a pendência entre Batista e Adap é a base da queixa registrada pelo Náutico contra o Paraná, por uso irregular do meio-campista em três jogos do Campeonato Brasileiro (Leia mais aqui).

No dia 28 de agosto, o advogado Diogo Fadel Braz retirou os autos do processo da 17.ª Vara do Trabalho de Curitiba para tirar cópia da documentação. Devolveu a papelada no mesmo dia, conforme registra o extrato. Operação simples, não fosse por algumas situações:

1) Dois dias depois de Diogo Fadel Braz ter tirado cópia da papelada, o Náutico apresentou queixa contra o Paraná à procuradoria do STJD;

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2) Diogo Fadel Braz é 2.º vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, clube que pode ser diretamente beneficiado por uma punição ao Paraná;

3) Somente os advogados das partes envolvidas têm acesso aos autos. Foi isso o que o repórter Carlos Eduardo Vicelli ouviu na terça-feira à tarde, quando tentou tirar uma cópia do processo. O extrato identifica Luiz Antônio Teixeira como representante da Adap; Batista é cliente de Henrique Caron. Portanto, em tese, mais ninguém poderia tirar cópia da papelada.

Logicamente, tudo pode ser uma coincidência. Diogo Fadel Braz pode, por exemplo, ser o representante do Náutico na empreitada na Justiça Desportiva. Mas a situação, como ela está agora, é suspeita e exige explicações. Quem quiser apresentá-las, fique à vontade.

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