“Não dá para fazer milagre sempre”

Amigos blogueiros, como muitos de vocês sabem, sou editor do caderno de Esportes aqui da Gazeta. O que significa que são raras as vezes que eu escrevo matérias (mato a vontade aqui no blog).

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Durante o Estadual essa raridade não é tão rara assim. Sempre antes e depois das rodadas faço uma blitz dos times do interior. Às vezes rende nota, outras, rende matéria. Ontem foi dia que rendeu matéria. Não uma, mas duas, sobre a draga do Paranavaí e as reclamações de arbitragem. Ambas foram para o interior, mas para a edição da capital, para encaixar o jogo do Paraná, saiu só uma versão editada do ACP. Por isso, publico as duas aqui no blog. Agora a do Vermelhinho. Mais tarde, a do apito.


Lio Evaristo não conseguiu levar o ACP à primeira vitória e pediu demissão.

Dois anos depois do inédito título estadual, o Paranavaí vive um dos momentos mais delicados da sua história. O terror da capital, que atravessou a vitoriosa campanha do Paranaense-2007 sem ser batido uma vez sequer por Coritiba, Atlético ou Paraná, ainda não conseguiu vencer na edição 2009 do campeonato. Com apenas cinco pontos em oito jogos, segura a lanterna e tem o pior ataque, com cinco gols marcados.

O desempenho é reflexo direto da preparação relâmpago da equipe. Enquanto outros clubes do interior montaram sua base durante a Copa Paraná do ano passado, o ACP repetiu a política das temporadas anteriores, liberando os atletas após o Estadual e iniciando a montagem do zero no último trimestre, sempre com orçamento reduzido. A diretoria montou um time que não poderia custar mais de R$ 55 mil por mês, somando elenco, comissão técnica e funcionários. É a mesma verba do título paranaense, mas com um resultado oposto.

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“Aqui em Paranavaí você monta um time em 24 horas e tem só 30 dias para treinar. Não dá para fazer milagre sempre”, desabafa o diretor de futebol Lourival Furquin, ao lado do atacante Edenílson, o único remanescente da conquista de 2007.

Segundo o dirigente, o time atual tem qualidade e demonstra vontade em sair da rabeira da tabela. Os problemas, segundo ele, seriam basicamente o excesso de gols perdidos, a ansiedade pela primeira vitória e erros de arbitragem.

“Fomos prejudicados contra Paraná, Coritiba, Toledo e Rio Branco. Não digo que os erros são intencionais, mas sempre são contra nós. Também falta competência equipe. A ansiedade pela primeira vitória é muito grande”, diz Furquin.

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A mais nova cartada da diretoria para melhorar a situação do clube foi efetivar o auxiliar-técnico Flávio Mendes. Será o terceiro treinador do Vermelhinho, que começou com Cláudio Tencatti e ficou nas mãos de Lio Evaristo até o jogo com o Rio Branco, quarta-feira.

“Eu já havia pedido demissão na segunda-feira, mas aceitei ficar até o jogo do Rio Branco. Sairia com vitória ou derrota”, diz Lio. “Mas tenho certeza de que será mais fácil conseguir a recuperação com o Flávio do que se fosse contratar outro treinador”, acrescenta.

Para este ano, o ACP planeja disputar a Copa Paraná, como maneira de formar um elenco mais forte para 2010. Projeto parcialmente deixado em segundo plano. “Antes temos que evitar o rebaixamento”, lembra Furquin.

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