Fiquei mais satisfeito que de costume após assistir a um novo e belíssimo jogo da seleção brasileira de futebol feminino nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Além da habilidade e garra das atletas, segundos após o apito final que encerrou a goleada de 5 a 0 sobre os Estados Unidos, fogos de artifício pipocaram nos céus do Bacacheri. Embora timidamente, os estouros festivos demonstraram um respeito grande ao trabalho da nossa seleção.
Se em outros tempos isso (comemorar conquistas do futebol feminino) era tido como algo impensável, ou pelo menos improvável, hoje o espírito esportivo criado pelo Pan fez até o machismo ficar de lado. Nessa hora, pedir mais apoio e investimento ao futebol feminino soa como um clichê bem pobre, mas insistência, quando não vira chatice, pode até ser uma qualidade e até gerar bons frutos.
Faltou o “10”
Em depoimentos de colegas fala-se que a jogadora Marta, eleita a melhor do mundo pela FIFA, se encaixaria e daria jeito no meio de campo de qualquer equipe masculina, principalmente do trio-de-ferro. Após a rodada que passou das séries A e B do Brasileirão, dá pra ter certeza de que a idéia passou pelas cabeças de dirigentes de Atlético, Coritiba e Paraná. Alex Mineiro e Josiel ficaram isolados e não puderam brilhar nesta rodada.