Marcelo Oliveira e as cervejinhas da Copa América de 1975

Trinta e seis anos atrás a Copa América era muito diferente do torneio que acabou no último domingo (24) com o 15.º triunfo uruguaio. O técnico Marcelo Oliveira, do Coritiba, participou da edição de 1975 – a primeira sem sede fixa – e relembrou uma passagem hilária vivida na seleção brasileira.

continua após a publicidade

Antes de uma partida contra Venezuela em Caracas, conta Oliveira, Raul Plassmann (goleiro paranaense de Cruzeiro e Flamengo) e Nelinho (ex-lateral-direito do Cruzeiro e reconhecido pelo chute potente), então seus companheiros de quarto na concentração, tomaram algumas cervejas além da conta.

“Naquela época os jogadores gostavam de tomar uma cervejinha a mais do que se toma hoje. A exigência física não era tão grande”, disse Oliveira.

Como fazia habitualmente, o rígido técnico Telê Santana passou pelos quartos para verificar se estavam todos dormindo no horário correto. Ao chegar em frente ao dormitório de Marcelo, Raul e Nelinho, o comandante teve uma surpresa.

continua após a publicidade

“Sabendo que o Telê iria passar – e eles estavam com uma certa bronca com o Telê – o Raul e o Nelinho empilharam todas as latinhas nos degraus da escada que dava para o nosso quarto. Isso gerou uma confusão danada, uma reunião… E eu fiquei numa encruzilhada porque não participei tanto daquilo, mas estava no quarto justamente com eles”, relembrou Oliveira, rindo da situação.

“Sinceramente nessa época eu não tomava [muita cerveja], agora que eu tomo um vinhozinho de vez em quando…”, brincou ele.

Naquela época, a seleção brasileira era praticamente um selecionado de Atlético-MG e Cruzeiro, com cerca de cinco atletas de outras equipes nacionais, entre eles Luiz Pereira, Roberto Dinamite, Ivo Wortmann (ex-técnico do Coritiba) e Amaral.

continua após a publicidade

A equipe canarinho chegou até a semifinal, mas perdeu para o Peru, que viria ser o campeão. Depois de uma vitória e de uma derrota, a desclassificação verde e amarela aconteceu na base do inimaginável cara ou coroa.

Exit mobile version