Mais uma na conta do Marcelinho

Hedeson Alves/ Gazeta do Povo

Ainda não parei para fazer as contas, mas é bem possível que Marcelinho Paraíba já tenha dado ao Coritiba mais pontos que o Fluminense todo somou no Brasileiro. A conta engordou agora à tarde, com mais uma participação decisiva do camisa 9 no 2 a 0 sobre o Náutico.

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O ritmo do Coritiba durante toda a partida foi ditado por ele. Como tem sido tônica neste ano, se Marcelinho vai bem, o Coxa cresce junto; se ele vai mal, o time beira o colapso. Foi assim durante todo o primeiro tempo, em que o time da casa esteve o tempo todo à espreita do gol do Náutico, mas só conseguiu balançar a rede quando usou tudo o potencial de seus jogadores. Linha de passe de toques de primeira com Carlinhos, Pedro Ken e Marcelinho deixando Rômulo na cara do gol para fazer o que se espera de um centroavante nessas situações: meter a bola na rede sem dó.

No segundo tempo, Marcelinho teve a chance de decidir o jogo no pênalti muito bem cavado* por Leandro Donizete. Mas Paraíba errou e o Coritiba entrou no seu pior momento da partida. Deixou de atacar, deu espaços ao Náutico e, se não fosse Edson Bastos, teria levado o gol de empate.

Aí, Marcelinho voltou à cena. Primeiro, no gol de falta que só o bandeira não viu. Depois, no preciso tapa de direita que decidiu a partida. Mais três pontos na conta do Paraíba.

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Marcelinho teve a reação instintiva de pedir silêncio assim que fez seu gol. Na saída de campo, explicou que se tratava de pequena parcela da torcida. Impressionante como alguém ainda consegue reclamar do cara. Por que perdeu um pênalti? E a assistência perfeita no primeiro gol? E todos os jogos que ele decidiu pelo Coritiba? Marcelinho tem crédito o bastante para poder desperdiçar um pênalti e ainda assim sair aplaudido de campo. Quem não enxerga assim certamente deve sentir saudade de Marcelo Peabiru, Negreiros, Alberto, Jéfferson, William Batoré e outros do mesmo nível que vestiram a 9 do Coritiba nos últimos tempos.

* Atendendo a pedido do internauta Guilherme e para não causar interpretação errada: foi pênalti claríssimo no Donizete. Usei cavado porque, após a ótima arrancada, ele partiu para um drible dentro da área que o zagueiro ou derrubava ou abria para ele passar, pois não havia mais como tomar-lhe a bola.

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