Mais um se vai (se for) no Coritiba!

Giuliano Gomes / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Mais uma vez o Coritiba vai ficar na mão. A exemplo do que aconteceu com Keirrison, Marlos, Carlinhos Paraíba (para citar os mais recentes) o alviverde curitibano tem enormes chances de ficar “chupando o dedo” após lançar um jogador no mercado e ver sua jóia ir para mãos alheias sem receber o devido reconhecimento financeiro. Ariel esta se despedindo.

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Apesar de já ter se tornado comum por essas bandas, ainda causa espanto. A tradição recente em realizar péssimos negócios (leia-se mal formular amarras contratuais) transformou o Coxa em um alvo para os empresários astutos nos últimos anos. A história menos recente, mas ainda atual, mostra que lá no fim da década de 90 (quando praticamente deu o jogador Alex de graça para o Palmeiras, afinal R$ 2,5 milhões não significam nada perto do que valia o meia), que bom negócio não era a praia alviverde.

De um ano para cá, me garantem, as coisas mudaram. A chegada de um gestor profissional no clube – personificado da figura do Felipe Ximenes – promete evitar que casos assim se repitam no futuro, com contratos mais bem formulados e menos brechas. Mas tanto ele, quanto principalmente o Coritiba, ainda sofrem por equívocos do passado.

O Ariel se sentiu valorizado demais e, orientado ou não por alguém (nem é a questão), chutou o pau. Aproveitou a inacreditável supervalorização de salários, luvas e contratos existente no futebol e pediu vencimentos e prêmiações de craque do eixo Rio/São Paulo. Muito longe da nossa realidade (não só a realidade do futebol, mas a comum mesmo, do nosso dia a dia). Querer ganhar R$ 200 mil é demais.

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O futebol que o argentino apresentou, na minha modesta opinião, estava muito bem pago com R$ 40 mil por mês. Mas bem pago mesmo. Depois de um começo claudicante, ganhou a simpatia do torcedor principalmente pela raça mostrada em campo. Típico dos argentinos, diziam. Fez alguns bons, bonitos e importantes gols, mas nunca chegou perto de se tornar um goleador de fama, respeito e tamanha valorização.

Nesse caso, além de vínculos e contratos mal formulados, pesou a decisão do jogador. Ele não quer ficar.

É uma pena que sua saída – caso realmente aconteça – se dê dessa forma. Ficando por aqui por mais uns dois anos (a proposta de novo contrato era de três) certamente poderia se tornar ídolo da torcida para sempre. Seria lembrado como um grande atacante argentino que jogou por aqui nos idos de 2009/2010. Saindo da forma como parece que vai sair, será apenas um argentino grandão, meio grosso, mas com raça, que jogou no Coxa na temporada do rebaixamento.

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