Paulo Comelli recorreu a uma bola de segurança para enfrentar o Paranavaí, nesta noite, na Vila Capanema. Com a troca de Gedeon por Agenor, reproduz o esquema tático que livrou o Paraná da Série C. São quatro defensores (dois beques e dois laterais), dois volantes, um terceiro jogador um pouco mais avançado e um meia para encostar nos atacantes.
A segurança defensiva deve ser maior, embora João Paulo e Jonathas tenham sido nitroglicerina pura na estreia contra o J. Malucelli. A incógnita está mais na frente. Pois se ano passado Comelli tinha Giuliano, um meia rápido, que se mexia por todos os lados do campo, agora tem um Lenílson fora de forma, mais lento, sem ritmo, presa perfeita para uma marcação mais forte.
O sucesso do Paraná esta noite depende mais de Lenílson do que já dependia na estreia. E o meia ainda não parece ter condições de assumir uma responsabilidade dessas no Paraná.
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No sábado eu já havia achado estranha a declaração do Comelli sobre não conhecer alguns jogadores. E tudo ficou mais esquisito quando ele disse que havia contratado alguns pela tevê.
Até aí, tudo bem. Faz 20 anos que vejo o Maldini jogar só pela tevê, e sei que o cara é (ou foi) um baita lateral e depois um zagueiro muito bom. Ver pela tevê dá uma excelente noção do que o jogador pode fazer.
O problema é que Comelli parece querer dizer que a essa tevê está ligado um aparelho de dvd e dentro dele há um disco com cenas mágicas de jogadores medianos. E isso não pode acontecer.
Ora, se o Comelli recebeu plenos poderes para contratar, o mínimo que se espera é que ele faça isso direito. Não é obrigado a ver todo mundo ao vivo, no estádio, porém pode muito bem buscar indicações, ver jogos na íntegra em teipe, coisas que todos os clubes fazem.
Ele tem todo o direito de errar como todo mundo. Mas não pode ficar contratando jogador de maneira preguiçosa, sentado na poltrona com um controle remoto na mão assistindo a um vídeo bem editado.