Histórias da madrugada

Historinha interessante contada por Paulo Cezar Carpegiani que acabo de ver no Juca Entrevista, de Juca Kfouri, na ESPN. Ao falar sobre o momento em que decidiu dar um tempo na carreira de técnico para fundar e gerenciar o RS, clube de futebol de Porto Alegre, Carpa falou sobre sua saída do Atlético, em 2001, segundo ele, devido a uma pequena tentativa de interferência no seu trabalho.

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Diz Carpegiani que Emerson Leão, na época técnico da seleção brasileira, havia lhe telefonado pedindo referências de Alessandro, lateral-direito que vivia ótimo momento na Baixada. O então treinador rubro-negro falou sobre o jogador e perguntou para Leão como ele pretendia usá-lo na seleção, para que Carpegiani começasse a preparar Alessandro nesta função.

Ainda segundo Carpegiani, a conversa teria chegado aos ouvidos da diretoria atleticana em uma versão bem diferente, segundo a qual o treinador teria desaconselhado a convocação de Alessandro.

O fato enfureceu a cúpula atleticana, que – sempre nas palavras de Carpegiani – se reuniu em um hotel após o Furacão fazer 5 a 0 no Rio Branco e vencer o primeiro turno do Paranaense daquele ano (feito que valia vaga na Copa do Brasil de 2002, a qual o Rubro-Negro não disputou por ter sido campeão brasileiro em 2001).

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Hospedado no mesmo hotel, Carpegiani flagrou o encontro, ouviu a argumentação dos dirigentes e entrou em um acordo para deixar o comando no time.

Flávio Lopes assumiu seu lugar e foi campeão com três empates contra o Paraná. Fruto da vantagem dada pela melhor campanha nas fases anteriores, construída, em grande parte, por Carpegiani. Coisas do futebol.

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Na época, vale lembrar, tanto Carpegiani quanto dirigentes do Atlético haviam contado a história da demissão de maneira um pouco diferente.

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