Como cheguei na redação em cima da hora do jogo, umas pinceladinhas rápidas da partida.
O Paraná fez o que era possível a essa altura do campeonato. Apostou no batido fato novo da troca de treinador, recorreu à psicologia e teve algumas mexidas na escalação do time. Resumindo: apelou à motivação, arma única para transformar um elenco ruim como este em um time minimamente confiável. Hoje deve funcionar. Mais adiante é que se torna uma incógnita.
Mudanças
Saulo mexeu em todos os setores para dar sua cara ao time do Paraná.
Na lateral, volta Leo Matos, o único jogador que deu certo pelo setor neste ano.
Neguete está de volta ao meio da zaga. Preocupação tão grande quanto escalar nem em uma linha de apenas dois zagueiros internos. Salve-se quem puder.
Goiano, Adriano e Batista vão fazer uma linha de três volantes. O Flamengo também tem a sua trifeta de quebradores de bola. Mais uma vez, salve-se quem puder.
Vinícius Pacheco foi bem quando jogo no ataque, tendo Dinélson chegando de trás e Josiel no meio. É mais ou menos isso que Saulo tenta reproduzir hoje. Boa chance de dar certo.
Adversário
O Flamengo só tem dois atacantes no elenco, Maxi e Souza. E são eles os únicos jogadores no Fla sem a obrigação de atacar.
O Maxi, mais conhecido como primo do Messi, é o típico atacante médio do futebol argentino. Baixinho, marrentinho, chatinho e medianozinho. Não é o craque que a imprensa carioca tenta pintar.
O reencontro
Joel Santana estará na Vila Capanema, o que é uma atração à parte. Foi lá que o “papai”, como ele gosta de ser chamado, pediu o boné no Coritiba após levar 6 a 1 do time reserva do Paraná. Foi na Sul-Minas de 2002.
Momento hilário daquele pós-jogo, Joel abandonou a coletiva ao ouvir um grupo de paranistas gritar fica Joel no corredor da Vila.
Almanaque
O Flamengo ainda é freguês do Paraná. O Tricolor venceu 11 duelos, perdeu 6 e 3 acabaram empatados.
Mas o Fla venceu três dos últimos quatro duelos. Entre eles os dois da Libertadores deste ano.
O Tricolor, porém, é responsável pelas quatro goleadas do duelo. Uma delas, em 96, é significativa. O Paraná estava condenado ao rebaixamento, quando socou 4 a 1 no Urubu no Maracanã. Foi o marco de uma arrancada que manteve o clube na Série A.
Como vencer
Os laterais do Flamengo não marcam ninguém. Vinícius e Éverton caindo pelas laterais e servindo Josiel na área é o canal.
Como perder
Os laterais do Fla não marcam ninguém porque atacam muito. São as melhores opções ofensivas do time. Nem e Neguete na dupla de zaga é um free pass para o trem fantasma.
Imperdível
O hino do Paraná (estado, não o clube) que está sendo tocado agora, enquanto finalizo o post. Quanto desperdício de tempo…