Eles roubam a cena

Luiz Augusto Xavier

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Tinha até pensado em outros assuntos. Olimpíada, por exemplo, com as irracionais cobranças de tantos “entendidos” sobre o desempenho de nossos atletas de mais diversas modalidades. Durante duas ou três semanas todos discursam sobre judô, natação, atletismo como nunca na vida. Ou, melhor dizendo, como nunca mais em quatro anos discutirão na vida.

Tinha, portanto, até pensado em outros assuntos. Mas o Atlético é tão pródigo em criar notícias negativas que é impossível ignorar o que acontece entre os rubro-negros. Não pela derrota em si, pois, apesar de tudo, o São Caetano está entre os melhores times da Segunda Divisão, disputando uma vaga lá em cima, entre os que pretendem subir no ano que vem.
Mas o que pegou foi o que veio depois, com mais uma demonstração de passionalidade explícita. Trouxeram um técnico novo há pouco mais de um mês (39 dias, para ser exato), deram a ele os jogadores que tanto o treinador anterior (Juan Carrasco) pediu e não recebeu. E não permitiram o mínimo de tempo para o profissional montar o time a seu gosto.

Sim, porque teve jogador chegando na quarta, apresentado na quinta, registrado na sexta e estreante no sábado. Sem qualquer entrosamento, vamos admitir. E, se pensarmos bem, sem ao menos saber de cor o nome de todos os companheiros em campo.

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Não haveria como dar certo. Jorginho pagou por alguns pequenos erros seus (no jogo de sábado trocou mal, mas nada assim tão relevante) e por imensos erros de uma diretoria, que acordou tarde para as exigências do futebol, numa temporada já comprometida, da qual, salvo guinada transcendental, haverá repeteco no ano que vem. Ou seja: profundo desequilíbrio entre um estádio de Copa do Mundo que se pretende construir (e um dia as obras hão de se iniciar) e um time abaixo de qualquer expectativa das mais pessimistas.

Jorginho foi embora. Não produziu. Mas que técnico consegue trabalhar em um mês ou algo assim? Agora vem outro, seja lá quem for. Quanto tempo terá até que se decida sua sentença?

Baixo astral

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Tempo ruim para todos os paranaenses no fim de semana. Segunda-feira de pouco tráfego nas redes sociais, ninguém goza ninguém. O Paraná Clube pelo menos perdeu fora de casa, mas jogo que poderia ter tido melhor resultado, caso tivesse em campo um time mais focado na proposta do treinador.

Já o Coritiba, em casa, não mereceu melhor sorte contra o Fluminense. A rigor, não teve uma chance daquelas agudas contra o goleiro contrário, apenas um chute aqui e outro ali. E os cariocas aproveitaram as oportunidades oferecidas. Até achei ter impedimento no segundo gol, mas depois teve um gol anulado que me pareceu legal (isso sem recursos de TV, slow-motion e imagens de oito câmeras, que aí é fácil qualquer um opinar).

Não parecia um jogo como os anteriores. O Coxa deu a impressão de ter perdido a embocadura para atuar em casa. E até mesmo a torcida estava um pouco na retranca. O que teria acontecido?

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