Intervalo raro de tranquilidade, aproveitado para alguns drops do Atletiba.
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Se o 0 a 0 irritante do primeiro turno foi o espelho de dois times que fraquejavam no campeonato, o 3 a 2 de hoje refletiu bem o momento atual de Coritiba e Atlético, bem mais estáveis e confiáveis.
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O Coritiba mereceu vencer o clássico. Procurou mais o ataque, mandou bola na trave, obrigou Galatto a grandes defesas. Mas claramente precisou da expulsão de Alex Sandro para estender este domínio. A partir daí, o jogo saiu poucas vezes do campo atleticano.
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Paulo Baier e Marcelinho justificaram seu status nas duas equipes. O passe de Baier no gol de Marcinho foi sacanagem. Perfeito, preciso, pegando a zaga do Coxa em linha. Marcelinho deu o passe para Ariel empatar e descobriu Marcos Aurélio livre no lance do terceiro gol.
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E Ariel, espalhafatoso como sempre. Fez o gol contra e partiu com gana para o ataque para empatar. Um personagem do clássico, sem dúvida.
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Galatto fez uma das suas grandes partidas pelo Atlético. Pegou muito, segurou o Coritiba até onde pôde. Não teve culpa alguma nos gols.
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Manoel e Dirceu, os dois moleques da zaga, tomaram conta de seus setores. Têm um baita futuro pela frente.
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Escalar Rhodolfo foi um erro de Lopes. O zagueirão falhou no primeiro gol. Ronaldo vinha jogando bem por ali, nem no banco ficou. Vai entender.
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Lopes mais uma vez armou seu time para jogar no erro do adversário. Aproveitou bem dois erros, fez gol, mas não teve a mesma solidez defensiva.
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Ney Franco manteve atitude ofensiva o tempo tempo. Trocou Angelo por Marcos Aurélio. Não deu certo? Pôs Márcio Gabriel. Quis ganhar o jogo e conseguiu.
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Dentro do estádio, que belo espetáculo das torcidas. Por mais instáveis que sejam os nossos times, são vocês, coxas e atleticanos, que fazem o Atletiba um clássico cada vez maior. Nota dez para vocês.
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Fora dele, briga no Fazendinha, no Hauer, no Capão da Imbuia… Roteiros conhecidos, horários conhecidos e nada de a polícia conseguir evitar novos tumultos. Nota zero para vocês.