Análise

Derrota no clássico expõe fragilidade do Coritiba em duelos mais complicados

Por
Ricardo Brejinski
07/05/2021 01:29 - Atualizado: 29/09/2023 18:47
Mais uma vez, Coritiba deixou a desejar em campo.
Mais uma vez, Coritiba deixou a desejar em campo. | Foto: Albari Rosa/Foto Digital/UmDois Esportes

A derrota para o Athletico mostrou que o Coritiba ainda precisa evoluir - e muito - na temporada. E não só pelo placar de 2 a 1, afinal, o gol derradeiro veio em um chute indefensável de Vitinho, já aos 45 do segundo tempo. Mas, mesmo que o jogo terminasse empatado, a atuação do Coxa ficou a desejar.

Foram poucas as vezes em que o Alviverde dominou o Furacão e levou perigo à meta de Bento. A construção de jogadas, tão elogiada nas goleadas contra Toledo e Paraná, praticamente não existiu na Arena. E já não haviam acontecido na derrota diante do FC Cascavel, na segunda-feira (3).

Nestes dois confrontos, por exemplo, Léo Gamalho pouco foi acionado. O artilheiro do time na temporada fez um gol, de pênalti, mas no clássico quase não tocou na bola, precisando sair da área para abrir espaços para os companheiros, jogada que pouco deu certo.

Léo Gamalho foi pouco acionado na Arena.
Léo Gamalho foi pouco acionado na Arena.

Até pelo tropeço na rodada passada, o técnico Gustavo Morínigo mexeu na formação. Entre as principais novidades, duas alterações lá na frente, com Robinho e Cerutti entre os titulares. Mas as trocas não duraram nem 45 minutos. Com menos de 20, Robinho, que tinha recém se recuperado de dores musculares, saiu lesionado. Aos 42, foi a vez de Cerutti. Escolhas erradas e que foram "corrigidas" voltando os dois titulares a campo.

Problemas do Coritiba vão além do Atletiba

Mas isto foi só um recorte do Atletiba. O mais preocupante são as atuações quando teve pela frente equipes mais preparadas. Além das duas derrotas nos dois últimos jogos, o Coritiba sofreu também contra o Operário, na Copa do Brasil, quando conquistou a classificação no apagar das luzes.

Nestes três jogos, foram sete gols sofridos. A defesa vem sendo o ponto fraco do Coxa até aqui. No total, em dez partidas, a equipe foi vazada 11 vezes nesta temporada. Ou seja, 63% dos gols sofridos foram em confrontos mais complicados.

Significa que o trabalho feito neste começo de 2021 está errado? Não. Mas é preciso muito mais na Série B, por exemplo, grande objetivo do clube no ano. A competição começa em 23 dias. Pouco tempo, mas que precisará ser utilizado para corrigir as falhas, uma vez que o nível dos adversários será outro e a postura terá que ser melhor para lutar pelo G4.

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