Não satisfeita em cometer um erro grosseiro na redação do regulamento e em compor uma tabela com pérolas como equipes jogando três seguidas fora ou em casa e seis partidas a fio na sua cidade, a Federação Paranaense de Futebol instaurou o estádio de sítio em Curitiba.
Coritiba, Atlético e Paraná jogam na capital no mesmo dia e horário, domingo 15h30. Serão três torcidas nas ruas, vindo de diversos cantos da cidade para lugares diferentes e em quantidades grandes.
Que sejam, sei lá, 15 mil atleticanos, 15 mil coxas e 8 mil paranistas. Que preparo a polícia tem, hoje, para controlar tamanha multidão? Nem lembro o último clássico em que tivemos as duas torcidas em grande número. O que dizer de três?
Se essa rodada necessariamente deveria começar no domingo, então que se marcasse o jogo do Paraná contra o Nacional, obrigatoriamente fora de Curitiba. Ou jogasse a partida do Coxa ou do Atlético para segunda. Na esculhambação que ficou o campeonato, o ato nobre de preservar a segurança dos torcedores encobriria a bizarrice de jogar numa segunda-feira.
Mas infelizmente o raciocínio lógico não é prática corrente na FPF. Melhor marcar todo mundo no mesmo horário e expor famílias à violência de gangues uniformizadas nos terminais de ônibus. Quem tiver juízo não sai de casa com a família no domingo. Cortesia de Federação, que sitiou Curitiba por um dia.
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A Federação pode até não fazer uma caça às bruxas pública, mas é obrigatório descobrir quem cometeu a barbeiragem da redação do artigo 9º. Seja quem for, deve ser varrido da entidade. O erro causou um prejuízo irreversível ao futebol paranaense, que será chacota nacional. Não pode passar impune.
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Blogueiros perguntam se sou a favor do supermando. Não. Acho um absurdo dar todos os mandos a um clube. Mas já escrevi aqui. Bem ou mal, é o que está escrito no regulamento. E no momento atual, cumprí-lo é, principalmente, botar um chapéu de burro na cabeça de quem o pariu.