Análise

Com pouco tempo para treinar, Coritiba vira time previsível em série negativa

Por
Ricardo Brejinski
12/05/2021 21:41 - Atualizado: 29/09/2023 18:46
A bola pouco chegou para Léo Gamalho nos últimos jogos.
A bola pouco chegou para Léo Gamalho nos últimos jogos. | Foto: Albari Rosa / Foto Digital/UmDois Esportes

A situação do Coritiba no Campeonato Paranaense é preocupante. De candidato a brigar pela liderança, o Coxa despencou na tabela e agora não tem nem a classificação para o mata-mata garantido. Por pouco, não chega para a última rodada em situação pior, uma vez que saiu atrás, mas arrancou o empate em 1 a 1 com o Cianorte, nesta quarta-feira (12), na Estradinha.

Vindo de três derrotas seguidas, o Alviverde precisava de uma reação imediata. É bem verdade que a condição do gramado em Paranaguá impediu que qualquer esporte parecido com o futebol fosse praticado. Mas, ainda assim, o time coxa-branca deixou a desejar.

Teve o domínio da bola no primeiro tempo, chegou mais ao ataque, mas pouco finalizou. No segundo tempo, precisou correr atrás do placar e quando empatou, diminuiu o ritmo outra vez.

+ Confira a classificação completa do Paranaense e a situação do Coritiba na tabela

Em dez dias, o Coritiba entrou em campo quatro vezes e somou apenas um ponto. E em todos os confrontos não jogou bem. Contra o Leão do Vale, Gustavo Morínigo mexeu na formação tática, jogando com três volantes no meio-campo, com Rafinha e Waguininho mais abertos pelos lados. A questão é: o quanto isso foi treinado?

No intervalo do jogo em Paranaguá, Rafinha reclamou da sequência de jogos para terminar o Estadual dentro do prazo. Na semana passada, o diretor do clube, José Carlos Brunoro, tinha falado das poucas partidas do clube na temporada. Agora, com partidas dia sim, dia não praticamente, não se tem tempo para treinar. Consequentemente, não se tem como corrigir as falhas.

O Coxa virou um time previsível, com as mesmas jogadas, as mesmas substituições, mas pouco consegue encaixar. Quando perde peças importantes, a carência fica ainda mais visível.

Restam 16 dias para o início da Série B. Até lá, o Alviverde pode jogar entre uma e sete vezes. Ou seja, pode continuar sem tempo para ajustar o que precisa e entrar na segunda divisão atrás dos concorrentes. Não pelo número de partidas, como reclamou Brunoro, mas em termos de futebol apresentado.

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