A derrota de 3 a 0 para o J. Malucelli dá ao Paraná o claro recado de que o trabalho será duro neste início de temporada. O primeiro ajuste que Paulo Comelli precisa fazer com urgência é no posicionamento da defesa. Os dois primeiros gols saíram porque a zaga tricolor estava desalinhada.
E aqui peço licença – e desculpas – aos blogueiros para recorrer a imagens, admito, toscas, mas que ajudarão a apontar estes erros.
No primeiro gol, Hernâni, João Paulo e Jonathas acompanham apenas a bola, não o deslocamento dos jogadores do Jota. Pior, João Paulo e Jonathas, que deveriam estar lado a lado, estão embolados, abrindo um buraco do lado do esquerdo da zaga, que é por onde Leandro entra para fazer o gol.
Se não fosse o ex-capitão paranista, provavelmente Bruno Batata ou Cícero teria feito o gol. Os dois entravam nas costas dos beques. Murilo, que deveria acompanhá-los, parou no meio do caminho.
No segundo gol, a zaga tricolor está desarrumada. Mais uma vez o jogador do Jota (nesse caso, Cícero) avança pelo lado esquerdo da defesa. Quem o acompanha é Kléber. João Paulo, que deveria sair na cobertura, fica do outro lado da defesa. E onde está Jonathas, que deveria guardar o lado esquerdo?
No intervalo, Comelli colocou Agenor. Não como volante, mas como zagueiro, para corrigir o posicionamento defensivo. Por baixo deu certo, mas por cima o Paraná quase levou o quarto gol em um escanteio em que a defesa ficou marcando a bola e o jogador do Jota subiu sozinho para cabecear.
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Apesar da tragédia defensiva, Lenílson também ficou devendo. Não foi o organizador de jogadas que se esperava. Também não deu velocidade ao ataque, nem fez uma jogada individual, dois caminhos para furar o bloqueio do Jotinha no segundo tempo.
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O que Paulo Comelli quer dizer quando afirma: “Foi importante ver a atuação de alguns jogadores que eu não conhecia”? Como não conhecia? Não foi o Comelli que montou esse time?