Caixa de Pandora, grama e outras

Quando o Paraná anunciou o tamanho do pacote que iria apresentar, eu disse “na hora, vamos ver se vai ser um pacote ou uma Caixa de Pandora”. Dito e feito, o desempenho do Tricolor está abaixo de equipes do passado recente do clube que também sofreram com problemas de serem desconjuntadas após o final da temporada anterior. Da Caixa de Pandora Paranista, alguns já estão indo embora, como Paulo Matos, Wellington e Onildo. Resta saber se restará alguma esperança no fundo da caixa, como no mito grego.

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Paulo Matos: cartaz na chegada, mas pouco futebol e dispensa menos de um mês depois

Charco (em cima e embaixo)

A chuva pode ter piorado tudo, mas o gramado apresentado em Arapongas foi absurdo. Fez a Vila Capanema, tão reclamada por boleiros e pela crônica parecer Wembley. Nas primeiras imagens que vi do jogo, a bola descrevia trajetórias excêntricas sobre o tão irregular piso. O que assusta, é que o José Chiapin teve seu piso trocado recentemente.

Um gramado que pode ser comparado com o de Arapongas é o do Germano Krüger, vítima de uma desastrosa reforma em 2009, a que ainda não se recuperou e ainda hoje é alvo de queixas. Deste modo, analisando por baixo (pela grama), é lamentável não termos times de Maringá, pois o Willie Davids tem tradicionalmente o melhor gramado.

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Simplicidade e imaginação

O Atlético funciona melhor com simplicidade e imaginação. Simplicidade de colocar os jogadores em suas posições reais e imaginação de encontrar soluções dentro do elenco. Fransérgio foi um bom achado, sem invencionices. Tem tudo para crescer jogando naquele setor. Do mesmo modo, Paulo Baier rende melhor, até pela idade avançada, se não tiver tanta responsabilidade de marcar e tiver toda a liberdade para chegar à frente. Além da visão de jogo, o Maestro mostrou que sabe aparecer para concluir, inclusive cabeceando bem (vide Brasileirão). Melhorando fisicamente, o time atleticano pode deslanchar. Basta apenas que Sérgio Soares não tente reinventar a roda.

Roma, mas pode chamar de Juan Pablo Montoya

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Sétimo colocado com sete pontos, o Roma Apucarana virou certeza de gols neste Paranaense. A equipe tem o melhor ataque, com 11 gols marcados, e a pior defesa (ao lado do Paraná) com 11 gols sofridos. Tais números credenciam a equipe a uma comparação com o piloto colombiano Juan Pablo Montoya, campeão da Indy na época da Cart, e com passagem pela Fórmula 1. Montoya era conhecido pelo estilo arrojado, às vezes até temerário, o que lhe rendeu o apelido de “Win or Wall” (vitória ou muro, em inglês).

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