O ano de 2013 está próximo, mas ainda somos obrigados a falar sobre um dos maiores males – senão o maior – do futebol: a briga entre torcidas. O último episódio ocorreu na última terça-feira, dia 4/12, quando membros das organizadas de Coritiba e Atlético enfrentaram-se no Couto Pereira, durante a decisão do Estadual sub-18.
Eram cerca de 20 pessoas para cada lado, mas a cena foi deprimente. Muita correria, com pessoas que não tinham nada a ver com a confusão tendo que se proteger, e a Polícia Militar dando tiro de bala de borracha dentro do Couto Pereira. Isso às 4 horas da tarde de um dia comum de trabalho. Quando os atleticanos que estavam envolvidos na confusão saíram do estádio, os coxas-brancas envolvidos também saíram provavelmente para tentar encontrar os inimigos, provando que o que eles menos queriam era assistir a partida.
Nesta quarta-feira, nas redes sociais, o que não faltavam eram os metidos a valentões “botando banca”, inclusive se identificando como membros das organizadas Império Alviverde e Fanáticos. Um destes “torcedores” ainda escreveu que foi para a “trocação”, como se fosse um lutador de MMA desprovido de octógono.
Casos como este não são novidades, mas não podem passar despercebidos. Há registro de imagens da confusão. O mínimo que os dois clubes deveriam fazer era proibir que os envolvidos entrassem em um estádio de futebol por muito tempo e fizessem um controle rígido disso. Leis mais severas e uma polícia mais preparada são outras necessidades urgentes para um país que pretende sediar uma Copa do Mundo.
Em confusões como essas, só há perdedores. Enquanto tipos como estes estiverem envolvidos no futebol, menos famílias estarão nos estádios. Cabe a quem tem o poder de tomar alguma atitude não se omitir. Ou no futuro serão os nossos filhos e netos que precisarão escrever para novamente lamentar esta situação.