Atlético ou CA Paranaense?

Discussão boa e daquelas que promete não ter fim está se proliferando pelos sites, fóruns e comunidades de torcedores do Atlético. Uma fatia considerável da torcida não está nada satisfeita com a clara intenção de fortalecer a marca do “Paranaense”, deixando um pouquinho de lado o bom e velho “Atlético”.

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O “novo nome” já está nos ingressos: CA Paranaense x Internacional era o que estava escrito no bilhete da partida disputada há algumas semanas, na Arena (aquela que nasceu Joaquim Américo, ganhou o apelido de Baixada, passou a Arena da Baixada quando tomou um belo banho de ferro e concreto e, por fim, ganhou o prenome Kyocera no ano retrasado).

No site oficial, mais indícios. Vira e mexe pipoca um A. Paranaense em tabela ou notícia. E o domínio passou recentemente de atleticopr.com.br para caparanaense.com.

Claro, tudo não passa de estratégia de marketing, uma maneira de diferenciar o clube para o mercado/ torcedor e caracterizá-lo como “o time do estado”.

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No Brasil temos Atleticos a rodo. Mineiro, Goianiense, Ibirama e por aí vai. Pelo mundo também há alguns, como o de Madri ou o de Bilbao. Sem falar na Argentina, onde quase todo mundo tem Atlético como nome do meio (Boca, River, Independiente), mas quase ninguém usa como nome de guerra.

O grande desafio será fazer o nome pegar – e provavelmente por ter consciência disso a diretoria ainda não foi mais incisiva nessa adaptação da identidade.

Torcedores mais antigos ficam arrepiados de ouvir falar em Paranaense. Outros, associam à elitização que marcou o clube nos últimos anos ou prevêem dificuldades em adaptar os cantos de incentivo.

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Do outro lado, há quem veja como uma grande oportunidade de fixar o nome do clube mundo afora ou aqueles que simplesmente não se importam, acham que Atlético, Paranaense ou CAParanaense, no fim das contas, dá na mesma.

Vale lembrar que pelo menos dois times brasileiros tentaram nos anos 90 adaptar sua identidade. O Atlético-MG, pelas mesmas razões do Atlético daqui, tentou adotar o nome de Galo. Não colou comercialmente e logo foi engavetado.

Até a Portuguesa, no calor do vice-campeonato brasileiro de 96, enviou carta a toda a imprensa pedindo para ser chamada de Lusa. Nesse caso, a inexpressividade das performances rubro-verdes nos anos seguintes tratou de transformar a idéia em uma daquelas piadas de português bem sem graça.

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