Até onde nossos times vão no Brasileiro?

Daqui a pouco começa o Campeonato Brasileiro para o futebol paranaense. Particularmente, fico meio ressabiado com as possibilidades dos nossos times. O dever casa dos estaduais ou não foi feito ou o trio passou raspando. Espero que a performance de Coritiba, Atlético e Paraná em campo desfaça o meu pessimismo.

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Paraná
Começo com o Tricolor, pois é quem entra em campo primeiro. Com um arremedo de time, diga-se de passagem. Mais uma vez o Estadual serviu para fritar um treinador e escancarar as apostas erradas da diretoria. Tudo está sendo refeito na Vila Capanema e o time que entra em campo contra o Bahia nunca mais voltará a atuar junto. Pelas próximas cinco rodadas o Paraná ainda terá alterações e ajustes. Isso na melhor das hipóteses.

Nos últimos anos, o Paraná acostumou-se a montar times em cima da hora, com uma temporada de validade. Funcionou entre 2003 e 2006, quando o time chegou à Libertadores.

Mas mesmo essa antiga dependência de empresários para montar o time era moderada. Zé Domingos, Vavá e Professor Miranda tinham o mínimo de noção do que é futebol, participavam das escolhas. Se perderam depois? Sim, é fato e se algum deles está fora do clube por causa disso é merecido. Mas por um tempo funcionou.

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A diretoria atual já assinou alguns atestados de incapacidade em montar um time de futebol. Agora, mais uma vez faz isso. Entregou à LA a composição do elenco principal. A formação já é a da Base. Para o Paraná, sobrou o quê? Só a camisa e o nome. E vai saber até quando.

É com esse traje de aluguel que o Paraná vai para uma festa em que o Vasco vai com roupa de gala e Figueirense e Ponte Preta já mostraram, ontem, estar bem vestidos.

Comprometo-me aqui a dar cinco rodadas de crédito para o Paraná se ajeitar. Depois, já dá para começar a cobrar.

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Coritiba
No papel, tem o melhor elenco do estado, com talentos do nível de Marcelinho Paraíba, Carlinhos Paraíba, Pedro Ken etc. Mas ainda não virou um time confiável.

Penso que o Coxa deva se agarrar à Copa do Brasil. O referencial é o Sport do ano passado, que também não tinha um elenco estelar, mas com um bom conjunto e um ou outro jogador interessante levou a taça e ainda ficou pelo bloco intermediário no Brasileiro.

Aliás, com Internacional, São Paulo, Corinthians (pelo Ronaldo e pelo Mano), Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Santos com elencos fortes, mais Fla ou Flu puxados por Adriano e Fred, respectivamente, o teto para o Coritiba no Nacional fica sendo mais uma vez a Sul-Americana. Acima disso, com o time atual, é zebra.

Atlético
O limite é o mesmo do Coritiba, a Sul-Americana. Mas faço um comparativo diferente. O Atlético de agora lembra o Vitória do ano passado, um time com algumas promessas e um ou outro jogador mais tarimbado (Ramon e Jackson na Bahia; Marcinho e Rafael Moura aqui).

Enquanto esteve embalado, o jovem Vitória de Vágner Mancini brigou até por Libertadores. Perdeu o pique, afastou-se do G-4 e acabou na Sul-Americana. Se embalar, o Atlético pode ter o mesmo (bom) destino. Mas não pode perder pontos no começo, especialmente em casa. A garotada da Baixada é boa de bola, mas ainda vulnerável à pressão, o que é natural.

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