Explicações sobre aspirantes do Athletico não justificam atuações
Três jogos e três derrotas. O começo do Athletico no Campeonato Paranaense é preocupante. A atuação na goleada por 4 a 0 sofrida para o Operário foi desastrosa. Nos tropeços para Cianorte e FC Cascavel, o desempenho não foi tão ruim, mas também foi muito abaixo do esperado, com um time pouco criativo. São sete gols sofridos e um único marcado.
Embora o diretor-técnico Paulo Autuori tenha falado, após perder para o Fantasma, que levar a goleada não é tão preocupante, uma vez que é praticamente um time sub-21 do Furacão que está disputando a competição, e que os jogadores estão amadurecendo, a realidade é que a equipe não está rendendo, mesmo já tendo uma certa bagagem.
Pegando a escalação que jogou na Arena contra o Operário, o Rubro-Negro tinha em campo Khellven, que foi um dos destaques na final da Copa do Brasil de 2019, Matheus Anjos, que já jogou séries A e B do Brasileirão, e Bissoli, que era artilheiro do time principal em boa parte da temporada passada.
Isso sem falar no goleiro Bento, que jogou duas vezes contra o River Plate, pela Libertadores, Luan Patrick, campeão mundial sub-17, Yago, que disputou Série B pelo Juventude, e Jajá, Vinícius Mingotti e Reinaldo, que já tiveram suas oportunidades no grupo principal.
Faltam contratações, mas aspirantes do Athletico podia ter reforços de cima
Na mesma entrevista, Autuori disse que ninguém podia sacrificar os garotos. E isso é verdade. Afinal, é um elenco jovem, que está jogando e ainda em período de evolução na carreira. Mas a maior parte deles já tem experiência para apresentar um futebol melhor. Justificar que os resultados são o menos importante nesta etapa de preparação é não olhar para o desempenho como um todo.
Nestas três derrotas o Athletico pouco apresentou qualidades. Por mais que tenha ficado um tempo sem entrar em campo, não ficou inativo. Teve período para treinar, se entrosar. Mas, pelo contrário. Quando encarou um time de Série B, que é o Operário, não só não produziu, como foi sucumbido pelo adversário. A goleada foi ao natural.
+ Confira a classificação completa do Paranaense!
Nas explicações, Autuori refutou as comparações com os outros anos em que o Furacão disputou o Paranaense com aspirantes. Lembrou que até então o clube estava proibido de fazer contratações na temporada, o que impediu reforçar o jovem grupo. Mas Thiago Heleno, por exemplo, não deve viajar para a altitude de Quito. Então por qual motivo não utilizar a experiência do capitão para ajudar os mais novos em campo?
Outro que ainda precisa de tempo é Bruno Lazaroni. Jogar nas costas do técnico a responsabilidade pelas duas derrotas é apontar um culpado a qualquer custo. Ele tem sua parcela de responsabilidade, mas falta qualidade no grupo para fazer a equipe render. E esse, talvez, seja o principal ponto para o aspirantes do Athletico ter perdido os três jogos no Paranaense.