Arrancada tricolor, Coxa no ABC, nossos Bolts e uma história

Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Tomei um susto ao atualizar a tabela da Série B ontem à noite. O São Caetano é o quarto colocado. Ganhou do Figueirense, 2 a 0, lá no Estreito. A última derrota do Azulão foi dia 24 de julho, para o Paraná. Depois, seis vitórias. Rampeou de 18º para 4º. A ascensão motivou até matéria na Folha de S. Paulo (historinha lá embaixo).

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Definitivamente, o Paraná precisa de uma arrancada dessas. Está a apenas seis pontos do Azulão. Se engatar seis triunfos entra no G4 e depois pode até se dar ao luxo de voltar à rotina bate em casa, apanha fora.

E o começo dessa arrancada precisa ser hoje, contra o Fortaleza. O Leão do Pici está mortinho. Foi rejeitado por Givanildo, Mário Sérgio. Abraçou-se a Márcio Fernandes, tapa-buraco de pouco brilho no Santos.

Alguém pode dizer que o Paraná não demonstrou confiabilidade para fazer crer em uma arrancada. Concordo. Já escrevi isso aqui. Mas hoje o Tricolor está muito mais certo de dar certo do que de dar errado. Falta eficiência dos atacantes e a atitude geral de que é preciso se importa fora de casa.

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Se o Paraná quiser algo a mais que comemorar a permanência na Série B, precisa arrancar a partir de hoje.

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Falou-se tanto de Marcelinho Paraíba que acabou ficando em segundo plano o jogo do Coxa com o Santo André. É jogo para o Coxa ganhar. O Ramalhão não vencia desde o duelo com o Atlético (aquele Atlético manco do Waldemar Lemos), atravessou oito rodadas na secura e foi voltar a vencer contra o frágil Botafogo.

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O Coritiba encaixou com Ney Franco da maneira mais simples possível. Ney colocou cada um na sua função e deixou o time jogar. Não tem aquela ambição neurótica de René Simões de virar a escalação do avesso para depois vir à coletiva com o sorrisinho de “eu ganhei” no canto da boca.

Ney sabe que quem ganha jogo é boleiro. E mais especificamente no Coxa, quem ganha é Marcelinho. A exemplo do que fez com Ferreira no Atlético, deu liberdade ao Paraíba. Do meio pra frente, joga onde quer. Deu certo na Baixada, dá certo no Couto. Simples, eficiente e sem segredo.

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Rendeu a história dos nossos Bolts. Alguns nomes citados: Lela, Ronaldo Lobisomem, Jabá, Arizinho (do fundo do baú!), Sérgio Luiz, Mazinho Loyola (afe), Osmar (afe duplo), Reinaldo, Kamali. Fora Nilmar, Sávio e Euller, que não jogaram por aqui.

Silvio Luiz diz que não era Carlinhos pé de vento, mas sim Jorginho pé de vento. Mais ou menos, Silvio. Tinha os dois. O Carlinhos pé de vento jogou por aqui lá por 93, 94. No fim da década veio da base atleticana o Jorginho, que dada a inabilidade em acertar a bola com força, virou Jorginho pé murcho. Seu melhor momento no Atlético foi fazer um gol naquele lendário 5 a 2 sobre o Coxa no Couto, em 97.

Luiz Carlos, Guilherme Straube e Cristian Toledo ajudam a clarear e enriquecem a história do Basílio. Seguem retalhos do que cada um escreveu e, plim, eis a verdade, que como diria Biro Biro, é uma só.

Guilherme diz: “Basílio estreou no Coxa na partida Coritiba x Ponte Preta, 20/09/1995. Neste jogo, ele foi substituído por Vital, o que permite que a 1a parte de sua história seja verdade (agora, é conferir na narrativa do jornal do dia seguinte). Mas ele volta duas semanas depois, o que desmente a segunda parte da história.”

Luiz Carlos clareia: “A história do Basílio é verdadeira. Basílio recém chegado do interior de São Paulo(Olímpia), estreava, no dia 20/9, numa noite fria no Couto Pereira, contra a Ponte Preta, em jogo válido pelo Nacional da 2ª Divisão de 1995. No segundo lançamento longo, sentiu o músculo da coxa e teve de sair. Porém, voltou contra o Bangú, no dia 05/10 e, no jogo seguinte(Americano, dia 08/10) sofreu distensão muscular mais séria. Só retornou dia 10/12, contra o Central”

E Cristian arremata: “Léo, história de Basílio: Palmeiras pronto para viajar, chega ao aeroporto e, na subida da escada do avião, Basílio sente a coxa. Dois meses fora.”

Excelente, moçada. Todos vocês são camisa 10.

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Antes de Rodrigo Paiva, quem respondia pela assessoria da CBF era um velhinho chamado Carlos Lemos. Na prática, sua única função era organizar as coletivas. Eler anotava a ordem das perguntas num papel e chamava o repórter.

Lá pelas tantas estava inscrito Fábio Victor, da Folha, que por questões históricas grafa até hoje na sua capa Folha de S. Paulo. Eis que o velhinho Lemos chama o FV, com voz rouca e sotaque carioca.

“Fábio Victor, Folha de São Paulo”. E antes de o repórter iniciar a pergunta, Lemos corrige. “Não, não, perdão, perdão. Fábio Victor, Folha de S Paulo”. Riso geral na sala de entrevistas.

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