Alívio no gol e no grito de Ariel
A explosão de Ariel (brilhantemente captada pelo fotógrafo Valterci Santos) expressa o alívio generalizado trazido pelo seu gol. Alívio da torcida, que assistia estupefata a mais um jogo sem gol. Alívio de Ariel, que recupera sua condição de titular. Alívio do time, que diminui um pouco o sempre grande peso do Atletiba. Alívio de Ivo Wortmann, que finalmente vê a sua intervenção dar resultado prático.
Claro, falo da vitória, mas também do que o time apresentou, e principalmente daquilo que Ivo ganha daqui por diante. Um homem-gol é o primeiro ganho. Os 45 minutos do banco fizeram um bem danado a Ariel. O argentino entrou ligado no jogo, menos estabanado. E fez o que dele se espera: gol.
Também ganhou um aceno de Marlos de que a bronca deu certo. Se o camisa 11 não foi genial, pelo menos fez o que dele se espera: usou seu talento para decidir o jogo.
E ainda levou um desenho tático mais definido. Pedro Ken com mais liberdade cresceu de produção. Guaru e Vicente fizeram, juntos, um esboço do que Ivo pretende ver com Paraíba e Marcos Aurélio juntos. Se não funcionar, já sabe que tem outra opção pronta no banco.
Paraíba, aliás, merece um parágrafo só para si. Senti ele mais presente no jogo. Fez um belo lançamento para Róger no primeiro tempo. Ainda pouco perto do que se espera dele, mas já um sinal de vida.
E Róger? Escrevi ontem que a pressão poderia ser um problema, mas que a oportunidade de ser titular deveria ser mais forte do que isso. Não foi. Róger pegou pouco na bola, não levou perigo ao gol do Iguaçu. Jogou sua chance de ouro no lixo. Sabe lá quando terá outra. É cruel, mas é o mundo do futebol.