Afonso admite erros, mas diz que 90% das reclamações é choradeira

Giuliano Gomes/ Gazeta do Povo
O desfecho de Paraná x Londrina, o jogo mais polêmico do Estadual: o árbitro e os auxiliares ainda não voltaram a trabalhar na competição.

O Engenheiro Beltrão enviou um e-mail para a imprensa e manifestou-se em seu site. Dirigentes de Toledo e Paranavaí reclamaram nas rádios e jornais das suas cidades. O Paraná encaminhou um ofício à Federação. O J. Malucelli mandou uma série de reclamações diretamente ao presidente Hélio Cury. À medida que a primeira fase do Estadual-2009 vai afunilando, crescem os protestos contra a arbitragem. Dirigentes de clubes do estado contabilizam pontos perdidos na conta de supostos erros do apito.

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Presidente da Comissão de Arbitragem, Afonso Victor de Oliveira admite algumas falhas no Estadual, mas faz, no geral, uma análise boa do trabalho da sua equipe. O dirigente apontou à reportagem da Gazeta do Povo cinco jogos em que efetivamente houve erros de arbitragem (veja lista ao lado). “É bastante, mas não dá 10% dos jogos. A arbitragem do Paraná está acima de muitos outros estados”, afirma.

Entre os erros admitidos pelo dirigente, estão os lances de impedimento e o gol não marcado a favor do Paraná contra o Londrina; pênaltis não marcados para Toledo e Engenheiro Beltrão; e penalidades mal assinaladas a favor de Nacional e Rio Branco. O resto… “90% (das reclamações dos clubes) é choradeira”, diz.

Em todos os casos, diz ele, a comissão conversa com o árbitro ou o assistente. Alguns deixam de ser escalados por algumas rodadas. José Amilton Pontarollo e Willian Bigaski, bandeiras de Paraná x LEC, por exemplo, não voltaram mais para o sorteio.

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“Não estou lá no campo para apitar, meu tempo já passou. O que eu faço é puxar a orelha do juiz, cobrar um melhor posicionamento. A TV nos dá a condição de observar esses erros, a imagem está aí, não mente. Mas não dá para esquecer que o árbitro e o assistente trabalham sem esse recurso”, comenta ele, que prepara uma resposta às queixas do J. Malucelli, que será submetida ao presidente Hélio Cury (destinatário da carta) antes de enviada ao clube.

Os lances polêmicos do Estadual, segundo Afonso Victor de Oliveira.

Erros

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Coritiba 2 x 1 Toledo
Pênalti não marcado para o Toledo. “O jogador do Coritiba usa o braço para deslocar o do Toledo.”

Rio Branco 3 x 2 ACP
Primeiro pênalti para o Rio Branco não existiu. “O atacante forçou a barra.”

Nacional 2 x 0 Aereb
Pênalti mal marcado para o Nacional.

Aereb 4 x 1 Foz do Iguaçu
Dois pênaltis não marcados para o Engenheiro Beltrão.

Paraná 1 x 2 Londrina
Dois impedimentos mal marcados do ataque do Paraná — que resultaram em gols — e um gol não marcado. Todos erros dos assistentes.

Acertos
Paraná 1 x 2 Londrina
Pênalti a favor do Paraná, contestado pelo Londrina.

ACP 0 x 1 Coritiba
Pênalti não marcado para o ACP. “Pela tevê dá para perceber que foi pênalti, mas o árbitro não apita com a tevê. Não dá para contar.”

Aereb 1 x 1 Jotinha
Pênalti para o Engenheiro. “Pênalti! Morro com ele (juiz).”

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