A Copa do Mundo de 2014 já mexe com o brasileiro mesmo antes de termos certeza da realização dela no Brasil ou não. Uma demonstração dessa comoção foi sentida aqui na redação nesta quinta-feira. Foram mais de 100 e-mails comentando o projeto de Onaireves Moura de um novo estádio para o Mundial e qual praça de esportes deve sediar jogos em Curitiba: o novo Pinheirão ou algum dos estádios já existentes.
Parte dos comentários é publicada na edição desta sexta-feira da Gazeta. Outro tanto fica para a Gazeta Esportiva de segunda-feira. Sem falar naqueles que, sem identificação do remetente, não serão usados.
Em meio ao debate, algumas questões importantes foram levantadas. A primeira é quanto ao custo do projeto, estimado em US$ 50 milhões.
O valor realmente é baixo se comparado ao que foi gasto para a Copa de 2006. Os únicos estádios que tiveram orçamentos similares foram o de Dortmund (36 milhões de euros), Nuremberg (56 milhões), Kaiserslautern (53 milhões) e Stuttgart (51,5 milhões). Detalhe: todos foram reformados. “Pechincha” em obra completa mesmo, partindo do zero, só no Zentralstadion, de Leipzig: 90 milhões de euros.
Logo, o projeto do novo Pinheirão: ou é surpreendentemente barato, ou não terá tudo aquilo que alardeia (pelo menos não com a qualidade esperada), ou seguirá o ritmo do Pan, com o orçamento subindo sem parar.
Outro aspecto é quanto ao uso do novo estádio. Ficará como estepe para quando nossos clubes não puderem jogar em casa, será adotado para alguma equipe ou será reservado para jogos especiais? É bom lembrar que Londres, por exemplo, tem o estádio de Wembley, que não pertence a nenhum clube e só é usado pelo English Team ou em partidas especiais.