A 37, por favor

A não ser que perca o rumo pelas tentações que geralmente tiram boleiros do rumo (mulheres, bebida, más companhias, drogas, egocentrismo ou a combinação disso tudo), Ariel Nahuelpan será ídolo enquanto estiver no Coritiba.

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Pude notar no jogo com o Fluminense, que assisti ao lado de amigos coxas, a agitação que causou a entrada do gringo em campo. O mesmo se repetia no Atletiba a cada toque na bola.

Ariel conquista a torcida pela disposição. Ele não se esconde, dá opção para o jogo, sabe usar seu corpanzil para proteger a bola. Sem ela, corre atrás do adversário, trombando, cutucando, tentando desarmá-lo, uma função que poucos treinadores no Brasil conseguem convencer seus goleadores a exercer.

Além disso, a identificação com Ariel é fácil. Para o torcedor adulto, ele lembra aquele colega grandão de pelada sem muita habilidade, mas que mata a bola no peito, dá uma bundada para se livrar do zagueiro e toca para o companheiro; que chuta no gol assim que aparece a primeira brecha; que parece que vai ser desarmado pelas próprias pernas, mas de repente está na cara do goleiro.

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Para as crianças… Bem, difícil achar alguém mais carismático do que um gigante de 2 metros de altura, cabeça raspada e uma exótica chuteira laranja calçando um interminável pé tamanho 47.

Só espero que o Coritiba esteja pronto para a provável Arielmania. Pois será dose o torcedor ouvir “está em falta” quando entrar na loja do clube com a carteira estufada, louco por uma camisa do Coxa e pedir “A 37, por favor”.

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