As sete maiores polêmicas do Campeonato Paranaense
O Campeonato Paranaense tem diversos jogos marcantes em sua história, mas também é conhecido pelas diversas polêmicas.
A reportagem do UmDois Esportes lista as sete maiores polêmicas em toda a história do Estadual.
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Uso do VAR no Campeonato Paranaense
A ferramenta do árbitro de vídeo é utilizada no Campeonato Paranaense desde 2023, mas apenas na reta final. Em 2025, as polêmicas de arbitragem viraram pautas em praticamente todas as rodadas e os clubes pediram o uso do VAR desde o início do Estadual.
O árbitro de vídeo entrou no Paranaense deste ano durante as quartas de final, mas não encerrou as reclamações. Durante o jogo de ida da semifinal, o Athletico reclamou de um pênalti não marcado contra o Maringá.
Seis substituições do Paraná Clube no Campeonato Paranaense de 2025
O Paraná Clube realizou seis substituições, uma a mais do permitido na regra do futebol, durante o empate em 0 a 0 com o FC Cascavel.
O técnico Tcheco justificou a autorização a mais no Paraná Clube. "Geralmente, o delegado e o 4º árbitro entregam os papéis para a comissão técnica. Nós fazemos as substituições de acordo com os papéis e nos entregaram seis. Nós temos a nossa responsabilidade, mas também tem a da arbitragem em geral. Quando faço uma, duas, eu pergunto quantas substituições ainda tenho", explicou.
Transmissão dos clássicos entre Athletico e Coritiba
Athletico e Coritiba não venderam os direitos de transmissão para o Grupo Globo no Campeonato Paranaense de 2017. O clássico da quinta rodada precisou ser cancelado com as equipes em campo.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) alegou que os profissionais contratados para a transmissão do Atletiba pela internet não estavam credenciados. O jogo ocorreu duas semanas depois com transmissão pelos canais de Athletico e Coritiba no YouTube e no Facebook.
No ano seguinte, o Coritiba fechou acordo com a Globo, mas o Athletico não. O Rubro-Negro, sem a anuência do rival e da emissora, transmitiu a final do Campeonato Paranaense durante quase todo o primeiro tempo.
O Atletiba não poderia ter transmissão. Na ocasião, os direitos de transmissão pertenciam aos dois times. Hoje está em vigor a Lei do Mandante, que permite apenas o clube da casa negociar os direitos.
Rebaixamento do JMalucelli em 2017
O JMalucelli foi o motivo de grande polêmica do Campeonato Paranaense de 2017. O Jotinha, como era conhecido, estava classificado para as quartas de final, mas perdeu 16 pontos no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por escalação irregular do atacante Getterson.
Emprestado pelo clube de Curitiba para o Dallas FC, dos Estados Unidos, Getterson retornou no final de 2016. O contrato com o JMalucelli só apareceu no Boletim Informativo Diário (BID) após a 3ª rodada.
Desta forma, o time perdeu 16 pontos — nove por jogar com atleta irregular em três rodadas e os sete conquistados em campo. Com o rebaixamento, o Jotinha encerrou o projeto de futebol. O local em que era o EcoEstádio Janguito Malucelli virou um condomínio.
'Supermando' em 2009
O Campeonato Paranaense de 2009 ficou marcado por uma das maiores bizarrices de regulamento. No arbitral, os clubes definiram que o melhor classificado teria o mando de campo na fase final. Ou seja, o líder jogaria em casa as sete partidas.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) tentou mudar o regulamento com a competição em andamento, mas a Justiça determinou que o 'Supermando' fosse cumprido. O Athletico jogou todas as partidas na Arena da Baixada, ganhou cinco das sete e ficou com o título.
Como o regulamento do Estadual precisa ser o mesmo por, no mínimo, dois anos, o 'Supermando' continuou em 2010. O Coritiba foi o beneficiado em jogar toda a fase final no Couto Pereira e sagrou-se campeão.
Athletico proíbe Coritiba de receber troféu do Campeonato Paranaense de 2008
O Coritiba, campeão do Campeonato Paranaense de 2008, não recebeu o troféu logo após a final contra o Athletico.
Antes mesmo do segundo jogo da final, Mario Celso Petraglia, então presidente do Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, acertou com a Federação para que a taça de campeão não fosse entregue na Arena da Baixada.
Em campo, o Coritiba perdeu para o Athletico por 2 a 1, mas havia vencido no Couto Pereira por 2 a 0. Os jogadores do Coxa comemoraram com um troféu improvisado.
Colorado x Cascavel - final do Campeonato Paranaense de 1980
A final do Campeonato Paranaense de 1980 foi entre Colorado e Cascavel. Apenas 9 mil torcedores estavam na Vila Capanema e viram uma decisão que terminou antes do esperado. A Cobra ficou sem o número mínimo de sete jogadores.
O Colorado precisava vencer por cinco gols de diferença para tirar a vantagem do adversário, que era o líder do quadrangular final. Mas a partida foi interrompida quando estava 2 a 0 para o Boca-Negra, apelido do mandante.
No período de bola rolando, o Cascavel reclamou de gol irregular do Colorado no início e o primeiro tempo ainda ficou marcado por confusão em campo. O time do interior teve um expulso e outros quatro jogadores que saíram com o argumento de lesão.
O Cascavel comemorou o título, mas o Colorado também. A Federação Paranaense de Futebol (CBF) oficializou duas semanas depois o título dividido entre as duas equipes.
"O Colorado fez um gol impedido. Era complicado. Teve uma altura naquele campeonato que comecei a treinar com dois a menos, pois sempre davam jeito de expulsar dois nossos. Naquele jogo, a gente não conseguia chegar que o auxiliar levantava a bandeira. Fui expulso e depois fiquei dando instrução no meio do povo", lembrou Borba Filho, técnico do Cascavel na ocasião, em entrevista à Gazeta do Povo em 2010.
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Jornalista formado na PUCPR e especialista em Gestão e Marketing no Esporte na Uninter. Experiência em cobertura esportiva na Banda B, no Globo Esporte, na Rede CNT e no Paraná Portal. Colabora com o UmDois Esportes desde 2024....
