Olhando para trás, parece que tudo foi efêmero como um amor de verão. Mas a passagem do artilheiro Vitor Roque durou 600 dias de alta amperagem. O “Tigrinho” chegou ao Athletico em abril de 2022 como a maior contratação da história rubro-negra: R$ 24 milhões.
Um ano depois, foi vendido ao Barcelona na segunda maior transação da história do futebol sul-americano, valor similar ao valor pago por Ronaldo Fenômeno por 90% das ações da SAF do Cruzeiro, cerca de R$ 400 milhões. O time azul de Belo Horizonte, aliás, foi onde o Furacão buscou o prodígio, a mais bem sucedida tacada comercial da história do clube.
O alto investimento em uma promessa de 17 anos deu resultado imediato. Nos 19 meses que durou a passagem do Tigrinho no Furacão foram 81 jogos, 28 gols e muita conexão com a torcida. Muita luta, carisma, dancinhas, comemorações patrocinadas e espontâneas. Foi amado pelas crianças e fez a alegria dos tiozões.
O Athletico também fez bem para ele. O mineiro que chegou adolescente e saiu um homem casado, com o mais promissor futuro de um jogador da sua geração.
Aqui, Vitor Roque foi o jogador mais jovem do clube a marcar em Copa Libertadores (17 anos e 120 dias) e colocou seu nome do rol dos artilheiros do CAP nesta competição sublime: marcou seis gols o mesmo número de Luisinho Netto, Lima e Marco Ruben.
E falando em Libertadores, estão na antologia rubro-negra seu gol ao primeiro toque na bola contra o Libertad, o golaço enfileirando zagueiros do Galo na Baixada, e ainda o agônico gol da classificação no último minuto contra o Estudiantes. Vaya com dios, Tigrinho. E muito obrigado por La Plata. Nos dois sentidos!