Antes de ser descoberto como jogador, Valdir Benedito foi cortador de cana na região de Araraquara. Uma atividade que exige esforço e técnica, não por acaso, as duas principais características do volante que marcou época com a camisa rubro-negra. Da Ferroviária de sua cidade natal, Valdir veio jogar na Platinense, a “asa negra” do Athletico nos campeonatos estaduais oitentistas.
Valdir chegou para jogar o campeonato brasileiro de 1989, em que o Athletico acabou rebaixado. Não por falta de luta de Valdir. Para os mais jovens, era um marcador implacável com o fôlego interminável. No ano seguinte, Valdir foi fundamental na conquista do campeonato paranaense de 1990, atuando muitas vezes como lateral direito e na campanha do acesso à primeira divisão em 1990.
Sua grande fase o fez ser convocado pelo técnico Paulo Roberto Falcão para seleção brasileira em maio de 1991 para uma partida contra a Bulgária, em Uberlândia. Valdir foi parte da renovação da seleção que trazia caras novas que brilhariam no futuro como Cafu, Márcio Santos e Mauro Silva.
Foi convocado novamente para o jogo do Brasil contra a Argentina, em Curitiba, uma partida que marcou aquela década e motivou polêmicas obras no Pinheirão.
Em campo, Valdir representou o torcedor atleticano e quase fez um gol com a camisa canarinho. Curiosamente, o volante nunca marcou com a camisa do CAP, mas ao longo da carreira, fez muitos gols de faltas por outros clubes.
Valdir seguiu com a seleção para Copa América e quando voltou foi recebido com uma festa no Pinheirão com direito a boi no rolete para o povão. Valdir foi vendido em 1991 e só voltou ao Athletico em 2001 para ser campeão paranaense daquele ano, mas infelizmente saiu antes de conquistar o Brasileirão pelo Furacão.