Nillo Izidoro Biazzetto nasceu no bairro curitibano do Ahú. Naquelas ruas sinuosas, se tornou um ciclista promissor, mas após um acidente, foi proibido pelo pai de pedalar. Passou a jogar futebol num clube do bairro vizinho, enquanto, sempre muito bom com os números, se formava em Ciências Contábeis.
Em 1940, passou no concurso para ser bancário do Banestado. Os diretores do banco, todos rubro-negros, o chamaram e disseram que seria melhor para todos se ele passasse a jogar pelo Athletico, que naqueles tempos era notório por agasalhar seus atletas em cargos de órgãos, empresas e instituições públicas. Assim começou uma história de amor recíproco.
Ao todo, Nillo defendeu o rubro-negro por 12 anos. A princípio, mudou de posição. Como a zaga tinha dono, o xerifão Zanetti, virou center-half. Foi campeão em 1943 após épicas vitórias sobre os coxas por 3 a 2 que, mais tarde, na festa no Cassino do Ahú, vizinho da casa dos Biazzetto, inspiraram o hino atleticano.
Foi novamente campeão, em 1945, e também quatro anos depois, como zagueiro e capitão do mítico Furacão. Após pendurar as chuteiras, seguiu ligado ao dia a dia do Furacão. Entre 2002 e 2003, presidiu o Conselho Deliberativo do Athletico.
Líder nato, tornou-se presidente do Sindicato dos Bancários, sempre lutando pelos direitos da categoria. A convite do presidente João Goulart, foi diretor da comissão do imposto sindical no Ministério do Trabalho até o golpe militar de 1964.
Após se aposentar como bancário, tornou-se operador bem-sucedido no mercado financeiro. Católico, ajudou a construir a linda igreja de Santo Agostinho no bairro que sempre viveu e o qual só deixou para entrar eternamente na história atleticana em 2012.