Não só de futebol viveu o Athletico em seu centenário. Até os anos 1960, o clube manteve departamentos de outros desportos, do atletismo ao futebol de salão, do tiro ao ciclismo. O grande destaque fora dos gramados, porém, foi no basquete, tradição herdada do antecessor Internacional, que introduziu o esporte prosaicamente chamado de “cestobol” em Curitiba.
O CAP foi o clube mais importante do basquete curitibano e foi fundador da federação local, muito por ser o primeiro clube a ter o próprio ginásio, mas principalmente pela extraordinária figura de Luiz Cecatto, mais conhecido como Cecattão.
Ele era o grande entusiasta do desporto e foi um dos destaques dos times de basquete campeões paranaenses em 1935, 1939 e 1941. Quando parou de jogar, Cecattão tornou-se o técnico e eterno diretor do esporte, e sob seu comando, o clube conquistou troféus em 1945, 1947 e o tricampeonato em 1949, 1950 e 1951.
Mas a família Cecatto é daquelas em cuja árvore genealógica corre seiva rubro-negra, e enquanto o irmão mais velho era o cara das quadras, seus irmãos Ari e Osvaldo, ou Cecatto e Cecattinho como assinavam nas súmulas, se destacavam no campo, formando a ala esquerda que foi campeã invicta no ano de 1936.
O próprio Cecattão também jogou no curioso time do Athletico Extra, uma equipe alternativa montada por alguns dos craques do quadro principal, como Caju, Zinder, Levoretto, que se revoltaram com algumas decisões da diretoria e decidiram jogar, vencendo a terceira divisão do campeonato de 1939. Com toda essa história de serviços prestados à causa, o sobrenome Cecatto é sinônimo de atleticanismo.