Duas horas antes do jogo final do Campeonato Brasileiro de 2001, no vestiário do Estádio Anacleto Campanella, o técnico Geninho deu a cada um dos jogadores uma faixa de campeão com o respectivo nome e disse: “Para mim, vocês já são campeões. Não deixe ninguém tirar essa faixa do peito de vocês”. A estratégia motivacional deu tão certo que em campo, o Athletico não deu chance ao São Caetano e sagrou-se o primeiro campeão brasileiro do novo milênio.
Eugênio Machado Souto, o Geninho, nasceu e foi criado em Ribeirão Preto (SP) e lá foi goleiro do Botafogo local (tempo em que jogou com o ídolo atleticano Sicupira). Depois, jogou em times como Vitória e Juventude. Já tinha rodado o mundo como técnico quando chegou no Furacão em agosto de 2001.
Era o quarto treinador da temporada, mas era o homem certo, na hora certa. E no time certo. Com seu jeito bonachão, conseguiu unir um desacreditado “grupo de bandidos” e transformá-lo num time imbatível quando na reta final do certame conseguiu manter o elenco de craques boêmios dentro do CT do Caju.
Geninho, sobretudo, entendeu que o Athletico só é vencedor quando o time se conecta com a torcida, algo que ele conseguiu fazer uma vez mais em 2008, quando salvou o clube de um rebaixamento que parecia iminente.
No ano seguinte, foi campeão paranaense. Em 2011, teve uma terceira e rápida passagem pela casamata atleticana. Para uma grande parte da torcida rubro-negra, Geninho é um gênio, o maior técnico da nossa história centenária.