Costumam entrar para a história os homens que unem ação às suas boas ideias. Por esta razão, devemos erguer um pedestal à memória do ex-presidente do clube em três mandatos, nos quais alcançou feitos extraordinários.
Nascido em 1899, Cândido Mäder foi jogador do Internacional ao lado dos irmãos Hugo e Erasmo. Logo se tornou dirigente do clube e, como tal, participou do processo de fusão com o América que deu origem ao Athletico, sendo um dos que assinaram a ata de fundação em 26 de março de 1924.
Foi o segundo presidente do clube e responsável pelo primeiro título conquistado no segundo ano de existência do clube, embora as finais tenham sido jogadas em janeiro de 1926.
No segundo mandato, em 1933, negociou a aquisição definitiva do terreno da Baixada em permuta com o governo do interventor Manoel Ribas dando em troca do terreno do Juvevê onde atualmente fica um dos campi da UFPR.
Neste mesmo ano, decidiu ir "para o choque" contra a mesquinhez desportiva de um coirmão no famoso Atletiba da Gripe, quando o Rubro-Negro ficou conhecido como o "clube da raça". Como se fosse pouco, neste mesmo ano, além do segundo título regional, Caju, a lenda maior do clube, estreou com a camisa atleticana.
No terceiro e mais longo período à frente do CAP, inaugurou na Baixada a primeira arquibancada de concreto do país, uma grande inovação em seu tempo. Em campo, o clube bateu campeão em 1935 e 1939 e, neste último ano, lançou uma revista com o nome "Rubro-Negro" para registrar esse período glorioso de sua história.
Dido Mäder faleceu no histórico ano de 1968, e como última façanha de seu legado, inoculou em seus descendentes o amor pelo Athletico.