Ademir Guimarães Adur é da geração de atleticanos históricos que chegou do interior para completar os estudos em Curitiba entre os anos 1967 e 68 e se tornou fanático pelo revolucionário Furacão daquele tempo. Nascido em São Mateus do Sul, criado em Pitanga, Adur logo passou de torcedor a conselheiro.
Empresário bem-sucedido em vários segmentos, durante uma reunião do Conselho no início dos anos 1990, com o clube em estado de pré-insolvência, comprou o passe do promissor atacante da base Paulo Rink e doou ao Athletico, garantindo a permanência do futuro ídolo e um ativo que seria muito caro ao clube anos depois.
Essa foi só uma das muitas vezes em que colocou o Athletico acima de sua vida pessoal e profissional. Em 1995, foi um dos nomes do famoso triunvirato que iniciou a grande transformação técnica, patrimonial e moral da história do Athletico, ao lado de Ennio Fornea Filho e Mário Celso Petraglia.
Entre 1997 e 1998, durante o afastamento de Petraglia devido ao escândalo Ivens Mendes, Adur assumiu a presidência do clube e instituiu um comitê gestor que escolhia o presidente com mandato de seis meses. Nesse período de grande rotatividade, Adur assumiu novamente a cadeira de presidente em 2000.
Avesso às câmeras e microfones, com olho muito bom para a bola e boleiros, foi responsável por muitas das contratações do elenco que seria campeão da Seletiva e do Brasileiro na virada do século.
Na campanha de 2001, foi o diretor de futebol, ao lado de Valmor Zimmermann, fundamental em decisões como a troca de técnicos, de Mário Sérgio por Geninho, sem a qual não haveria nosso primeiro título.
Deixou a diretoria no final de 2002. Chamado a colaborar em 2011, saiu numa das muitas crises daquele ano e estava afastado desde então. O ano de 2023 terminou com a ótima notícia de sua volta ao dia a dia do clube. Um reforço de toneladas de atleticanismo que vem ajudar a criar as condições para a transformação do clube em SAF durante o ano do centenário. Todo rubro-negro que se preza é admirador de Ademir Adur.