Tá em choque? Vitor Roque choca argentinos e leva o Athletico de volta às semis
Tá em choque? No "alto" de seus 1,72m, quis o destino que Vitor Roque aparecesse livre entre os três zagueiros do Estudiantes e, de cabeça, garantisse a classificação para o Athletico.
A bola levantada na medida de Vitinho, tocou a 'carequinha' do jovem de 17 anos, pouco a pouco passou a linha de fundo e morreu no gol para fazer explodir a torcida atleticana presente no estádio Uno, em La Plata, e em todos os cantos do Brasil. Alívio.
Do outro lado, claro, o momento fez calar os hinchas do Estudiantes. E aos jornalistas locais, ficou a dúvida: "Quem é esse garoto?", me perguntaram. Um fenômeno e a contratação mais cara da história do Athletico, respondi.
E o gol do "fenômeno atleticano" ficou para a história da competição: foi a primeira vez que o clube alvirrubro perdeu em um mata-mata da Libertadores em casa - eram 22 vitórias e dois empates.
A frieza e estrela do garoto, que entrou no segundo tempo substituindo Canobbio, novamente foram decisivos no apagar das luzes, aos 50 minutos.
Mas não foi fácil. Com uma chuteira que o fazia escorregar e a briga ferrenha contra "três torres" do rival foram a tônica da atuação do jovem, que precisou de uma só chance e estar no lugar certo, na hora certa, para marcar.
Depois da bola na rede, Roque e os jogadores precisaram aguardar para enfim comemorar o gol e a classificação com a torcida. Reações variadas tomaram o gramado. O VAR demorou, mas atuou bem para confirmar o tento. A angústia entre o gol e a validação foi grande - minutos que pareceram horas.
"Foi muito apreensivo esse VAR, que demora também. Mas é justo, invalidou o gol deles e confirmou o nosso, que confirmou a classificação", disse Roque em coletiva, com uma tranquilidade de quem nem parece que decidiu um mata-mata ainda na menoridade.
A maior contratação da história do Athletico - R$ 24 milhões - coloca novamente o clube nas semifinais da Libertadores.
Em 2005, quando o Furacão superava o Santos para enfrentar o Chivas-MEX, Vitor Roque ainda nem tinha completado seu primeiro ano de vida, mais especificamente tinha apenas três meses e 17 dias, e nem imaginava o que faria 17 anos depois. Um fenômeno que deixou a América - e principalmente La Plata - em choque.
"A Libertadores é uma obsessão, assim como a Copa do Brasil, o Brasileirão. Temos que brigar por todas elas. É um objetivo do nosso grupo", declarou atacante, que, sem nem precisar discutir, foi o melhor em campo escolhido pela Conmebol.