Três torcedores que invadiram o gramado da Arena da Baixada durante a briga no clássico Atletiba, que terminou 1 a 1, foram presos pela Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos da Polícia Civil (Demafe). Outros dois homens também foram levadas à delegacia em razão de outras ocorrências durante o jogo.
Além disso, o Batalhão de Choque da Polícia Militar evitou um confronto entre as torcidas na região do Passeio Público, centro de Curitiba. Alguns torcedores do Coritiba estariam com pedras, paus, balaclavas e rojões, aguardando integrantes da torcida do Athletico para iniciarem uma briga. Um rojão teria explodido próximo a uma viatura policial.
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“Todos assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência e estão suspensos de irem aos jogos de Athletico e Coritiba por um ano. Eles terão de vir à delegacia durante as partidas de seus clubes”, disse o delegado da Demafe, Luiz Carlos de Oliveira.
Os torcedores do Furacão ainda podem sofrer sanções do clube, já que há a possibilidade de perda de mando de campo por conta da invasão – e daqueles que atiraram objetos no gramado. De acordo com a procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), o fato deve ser enquadrado no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
“Vamos denunciar no artigo 213. Ainda não sabemos se todos foram identificados com apresentação de boletim de ocorrência. Se isso foi feito, o código traz isso como uma extinção de punibilidade. Se você apresenta o infrator à autoridade policial, com boletim de ocorrência, exime o Athletico de responsabilidade. Mas a gente precisa analisar se todos que invadiram, se todos que jogaram objetos, foram efetivamente identificados. Se não houve a indicação de todos, pode ter perda de mando por causa desse motivo”, explicou o procurador Pedro Henrique Val Feitosa.
Próximos clássicos podem ter portões fechados
O delegado Luiz Carlos de Oliveira, da Demafe, não descartou portões fechados para os próximos clássicos, mas disse que vai conversar com os clubes e o Ministério Público antes de qualquer decisão. Ainda não há os próximos Atletibas agendados para este Paranaense, pois depende da posição da classificação de ambos para os mata-matas.
“Estamos em contato com dirigentes de Athletico e Coritiba para fazermos os próximos clássicos sem torcida, estádio e sedes das torcidas fechadas. Tudo será feito junto com os clubes e Ministério Público. Se for perguntada a nossa opinião, seremos favoráveis. Os clubes, infelizmente, não são capazes de controlar os seus jogadores e os seu torcedores. Então, é lamentável que uma mãe chore a morte do seu filho por uma briga de futebol. Mas estamos abertos a sugestões”, explicou Oliveira.