Três desafios para o Athletico a 30 dias da final da Libertadores
Começou a contagem regressiva. A exatamente um mês da final da Copa Libertadores, contra o Flamengo, em 29 de outubro, o Athletico tem pela frente desafios importantes para chegar em Guayaquil, no Equador, nas melhores condições possíveis.
O próprio técnico Felipão tem externado sua preocupação após os últimos três jogos no Brasileirão, mas a questão vai bem além dos resultados. A 30 dias do duelo mais importante dos últimos 17 anos, o time não vem jogando bem – e a entrega está aquém do esperado pelo treinador.
Abaixo, listamos três desafios que o Furacão terá de encarar até a decisão no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo.
1. Retomar o nível de competitividade
"Marasmo total" foi uma das expressões usadas por Luiz Felipe Scolari após a derrota do Athletico para o Santos, na última terça-feira (27), na Vila Belmiro. O técnico não poupou críticas ao comportamento da equipe e alertou que se não houver mudança, o clube vai chegar a Guayaquil em uma "situação ruim".
Desde que eliminou o Palmeiras com um épico empate nas semifinais da Libertadores – o time perdia por 2 a 0 no Allianz Parque –, o Athletico empatou duas vezes e perdeu uma pelo Brasileiro. Os dois empates, aliás, contra Avaí (fora) e Cuiabá (casa), diante de times que ocupam a zona de rebaixamento.
A última vitória, aliás, aconteceu em 3 de setembro, contra o Fluminense, com o time reserva em campo. É preciso recuperar a competitividade que a equipe vinha demonstrando, especialmente na competição continental, antes da viagem para o Equador.
"Temos que voltar a ser aquele time vertical, que briga pela bola, que joga de maneira coletiva e que o coletivo faz a equipe vencer. Ou nós vamos recuperar ou vamos para o caminho do abismo”, alerta Scolari.
2. Não descuidar no Brasileirão
Pensando em 2023, o Athletico não pode apostar todas suas fichas no título da Libertadores. Claro que o grande sonho de consumo da torcida deve ser prioridade, já que a única final do clube aconteceu há 17 anos, mas manter-se entre os primeiros colocados do Brasileirão é importantíssimo para o planejamento da próxima temporada.
Até a decisão no Equador, o Rubro-Negro tem mais dez jogos, começando pelo Juventude neste sábado (30), na Arena da Baixada. Atualmente, são quatro pontos de vantagem para o sétimo colocado Atlético-MG e três a menos que o Corinthians, quarto colocado.
Terminar a competição no G4 é garantia de vaga direta na Libertadores, mas há grandes chances de o G5 também pode representar um lugar na fase de grupos.
3. Evitar lesões
Apesar de ter investido mais de R$ 60 milhões no elenco para 2022, de longe algo inédito no Furacão, é inegável que Felipão tem menos opções para montar o time do que Dorival Júnior.
Nesse contexto, e em fim de temporada, o Athletico terá de controlar ainda mais o risco de seus atletas lesionarem. É um cenário complicado devido à necessidade de seguir somando pontos no campeonato nacional, mas será inevitável preservar jogadores em determinados momentos.
Ao menos, o Furacão terá mais tempo de descanso do que o Flamengo até a viagem ao Equador, já que os cariocas fazem duas partidas contra o Corinthians na decisão da Copa do Brasil.