Na bronca

Tcheco critica "onda" de técnicos estrangeiros no Brasil e cita escolha do Athletico

Por
Luana Kaseker
, Vinicius Cordeiro
16/07/2024 19:49 - Atualizado: 16/07/2024 19:53
Tcheco, técnico do Paraná Clube
Tcheco, técnico do Paraná Clube | Foto: Átila Alberti/UmDois Esportes

O técnico Tcheco, do Paraná Clube, criticou a "onda" de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro. Ao ser questionado sobre seu futuro no Tricolor, após o acesso à Primeira Divisão do Paranaense, o treinador chegou até a citar a escolha do rival Athletico com Martín Varini, técnico uruguaio de 32 anos.

"O futuro a Deus pertence. Não estou muito preocupado com isso. A gente vive com uma onda de treinadores estrangeiros. Seja com eles, ou não, uma equipe vai ser campeã e as outras não", afirmou.

"O Athletico acabou de contratar um treinador de 32 anos. Nada contra o rapaz, a sua história. Mas por que que os treinadores brasileiros não têm essa capacidade que esse rapaz está tendo?. Já pararam para analisar a carreira do Tencati, por exemplo. Por que esse cara não tem essa oportunidade em um clube maior. E outros também. Tem, é só pesquisar. Tem que ser de fora? De 32 anos? Para os dirigentes se respaldarem pelos moldes dos treinadores estrangeiros. Vem subir um time com as circunstâncias dessas que vocês viram", acrescentou.

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Atualmente, são nove técnicos estrangeiros só na Série A: Martín Varini (Athletico), Gabriel Milito (Atlético-MG), Artur Jorge (Botafogo), Pedro Caixinha (Bragantino), Ramón Díaz (Corinthians), Petit (Cuiabá), Juan Pablo Vojvoda (Fortaleza), Abel Ferreira (Palmeiras) e Luís Zubeldía (São Paulo).

O técnico brasileiro mais longevo, como citado por Tcheco, é Cláudio Tencati, que está no Criciúma desde outubro de 2021.

Tcheco desconversa sobre futuro no Paraná e lamenta falta de oportunidades em grandes clubes

Tcheco ainda desconversou sobre sua continuidade no Paraná Clube para 2025 e lamentou, com a mudança de perfis dos técnicos, "não ter oportunidades nos grandes clubes".

"O meu passo é muito pequeno, mas eu estou construindo minha história como treinador. Fui no Barra, na segunda divisão do Catarinense, classifiquei o Rio Branco pela primeira vez para um campeonato nacional, Cascavel...", declarou.

"Agora, estou dando o primeiro passo com uma repercussão grande. Mas não estou preocupado onde vai ser meu futuro, estou preocupado com as dificuldades que estou tendo. Nosso futebol está com nível muito baixo, porque a gente não está tendo oportunidade de trabalhar nos grandes clubes", completou.

Para justificar seu ponto de vista, o treinador tricolor citou o momento ruim da seleção brasileira.

"Acho que o reflexo do nosso futebol brasileiro é nossa seleção brasileira. É um assunto muito sério e grave. Como vocês cobram um futebol melhor se nosso departamento de técnicos está indo ladeira abaixo por falta de oportunidades também? Todos os atacantes da Série A são estrangeiros. Como vamos criar jogadores? Ah, porque estão fora. Fora aonde que temos atacantes brasileiros? Fora aonde que temos camisas 10, que é nossa cultura? Não damos oportunidades, porque não tem mais", finalizou.

Tcheco ainda comanda o Tricolor nas finais da Divisão de Acesso diante do Rio Branco. O primeiro jogo será no sábado (20), às 16h, na Vila Capanema. A partida da volta será no sábado seguinte (27), às 16h, no Gigante do Itiberê, em Paranaguá. O Leão decide em casa por ter feito melhor campanha na primeira fase.

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Formada em Jornalismo pela PUC-PR e pós-graduada em Gestão, Comunicação e Marketing no Esporte pela Uninter. Desde 2017, atua na área de esportes como repórter da Gazeta do Povo e agora do UmDois Esportes, participando das cobertu...

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