Rony no auge: nova audiência na Fifa, punições e Athletico de olho em lucro
Quando Rony recebeu a bola na ponta direita do gramado do Maracanã, a matou no peito, ergueu a cabeça e a cruzou na área em direção a Breno Lopes, o relógio já assinalava 53 minutos e 25 segundos do segundo tempo da final da Libertadores. Três segundos depois, o gol do título do Palmeiras sobre o Santos estava anotado.
O lance consagrou o inquieto atacante ex-Athletico como jogador mais importante e principal destaque da equipe comandada pelo português Abel Ferreira na conquista continental.
A troca da Arena da Baixada pelo Allianz Parque havia sido sacramentada um ano antes, em fevereiro de 2020, por cerca de R$ 28 de milhões. E foi repleta de polêmicas.
Em julho do ano
passado, Rony e Athletico acabaram punidos pela Fifa por causa da contratação
do jogador pelo Furacão junto ao Albirex Niigata, do Japão.
Suspensão? Nova audiência do “caso Rony” está prevista para março
Em julho de 2020, o Athletico foi banido pela Fifa de registrar novos jogadores por duas janelas de transferências, punição que termina em julho de 2021, decorrência da contratação de Rony junto ao time japonês. O Furacão até poderia buscar um efeito suspensivo, mas optou por iniciar o cumprimento de pena.
Rony também foi punido pela Câmara de Resoluções de Litígio da entidade. O jogador foi multado em 1,3 milhão de dólares, cerca de R$ 7 milhões na cotação da época. O Athletico é parte solidária da dívida. Além disso, foi punido com quatro meses de suspensão. Seus advogados recorreram da pena.
Uma nova
audiência no Tribunal Arbitral do Esporte (CAS), prevista para março, deverá
definir se Rony terá de cumprir algum período de suspensão ou apenas terá de
pagar multa.
Clube japonês ainda se sente lesado por “perder” Rony para o Athletico
O Albirex Niigata, do Japão, segue mobilizando advogados em busca de uma maior punição para Rony. Os advogados do clube japonês entendem que a ascensão de Rony no Palmeiras apenas ressalta a perda esportiva e econômica que o Albirex sofreu.
Ou seja, os asiáticos entendem que perderam um atleta, de forma irregular, em pleno desenvolvimento, que lhes daria retorno em campo e também econômico, fato comprovado pelo status atingido pelo jogador no Palmeiras. Agora, buscam algum tipo de reparação.
Inicialmente, o clube japonês cobrava 10 milhões de dólares por uma suposta quebra de contrato de Rony antes de assinar com o Furacão.
Advogados de Rony demonstram confiança
Logo após a
definição da punição do atacante do Palmeiras, o advogado que defende o atleta
no caso, Carlos de Freitas, manifestou confiança na redução da pena de Rony. “A
gente consegue reduzir, diminuir a pena, se a punição acontecer. Que o atleta
não vai ficar quatro meses parado, não vai. Isso é fato”, declarou na ocasião
ao TNT Sports.
Athletico ainda pode ter nova punição por Rony?
Após cumprir o período de duas janelas sem poder contratar e acertar a questão das eventuais multas a serem pagas ao Albirex Niigata de acordo com a punição da Fifa, o Furacão estará livre do caso Rony.
Em outubro de
2020 o clube japonês chegou a notificar a Fifa pedindo a perda de pontos do
Athletico, por supostamente desrespeitar a punição de não poder contratar
jogadores, ao registrar, após o fechamento da janela internacional, em 10 de
agosto de 2020, o meia Jorginho e os atacantes Renato Kayzer e Fabinho.
No entanto, ao
avaliarem a questão, Fifa e CBF julgaram o pedido do clube japonês
improcedente.
Athletico aindapoderá lucrar com Rony
Mesmo atuando pelo Palmeiras, o auge da carreira de Rony deve deixar os dirigentes do Athletico satisfeitos. O clube paulista pagou R$ 28 milhões por 50% dos direitos econômicos do jogador.
O Furacão, por sua vez, manteve 35%, enquanto o próprio Rony detém o restante. Ou seja, em uma eventual negociação de Rony, o Furacão terá direito a 35% do valor do negócio.