Retrospectiva 2022: Athletico faz nova temporada consistente, mas sem título
O Athletico fez uma nova temporada consistente - e histórica, com a chegada à final da Libertadores -, mas acabou sem nenhum título após quatro anos. Desde 2018, o clube levanta ao menos um troféu por temporada, mas a passagem em branco em 2022 não diminuiu os bons resultados conquistados, principalmente na reta final.
Relembre abaixo alguns momentos que marcaram o ano do Furacão.
Fora da final do Paranaense e perda da Recopa para o Palmeiras
O Athletico começou a temporada ainda sob o comando de Alberto Valentim - que havia conquistado a Sul-Americana no ano anterior. No Paranaense, com limitação de inscritos, apenas alguns atletas do elenco principal atuaram nas fases eliminatórias. O Furacão acabou eliminado nas semifinais pelo rival Coritiba.
Mas o principal foco dos primeiros meses do ano era a Recopa Sul-Americana contra o Palmeiras. O Rubro-Negro fez um bom jogo em casa diante do Verdão, com direito a golaço do atleticano Marlos, mas sofreu um empate de pênalti no último lance. O 2 a 2 na Arena da Baixada complicou a volta no Allianz Parque. Vitória dos paulistas por 2 a 0 e título perdido.
Valentim se manteve no cargo, sob muita contestação da torcida até a estreia no Brasileirão, em abril. Diante do São Paulo, uma derrota vexatória por 4 a 0 no Morumbi. A goleada custou o cargo do então treinador, que deixou o clube em comum acordo.
Vexame com Fábio Carille e "nova era" com Felipão
Fábio Carille chegava dias depois para assumir o Rubro-Negro. Mas a passagem foi relâmpago. Após 21 dias, uma nova goleada do Athletico, agora para o The Strongest (5 a 0), na Libertadores, custou mais uma mudança de treinador. Parecia que o ano seria difícil e conturbado para o clube.
Felipão então foi o homem escolhido por Mario Celso Petraglia para "arrumar a casa". Começava então uma "nova era" no Furacão. Petraglia tinha a ideia de transformar Luiz Felipe Scolari em um diretor técnico, mas ele chegou para comandar o time.
No comando de Felipão, o Athletico ganhou confiança e melhorou as atuações. O time saiu da segunda parte da tabela do Brasileirão para a sexta posição - colocação que não deixou mais até a última rodada -, chegou até às quartas de final da Copa do Brasil - sendo eliminado para o Flamengo, que depois se sagraria campeão -, e alcançou a final da Libertadores pela segunda vez em sua história e depois de 17 anos.
Maior investimento da história do Athletico
Ao longo da trajetória de 2022, nomes chegaram para reforçar a equipe e isso, claro, contribuiu para os bons desempenhos, principalmente no segundo semestre. Vitor Roque - maior contratação da história por R$ 24 milhões -, Fernandinho e Alex Santana foram os principais responsáveis pela evolução.
As chegadas deles, aliadas às outras contratações do ano, como a de Vitor Bueno, de Cuello e de Canobbio, inclusive, fizeram com que esta fosse a temporada em que o clube mais investiu na história. Foram mais de R$ 83 milhões em reforços.
Libertadores teve altos, baixos, emoção e o vice-campeonato
A Libertadores 2022 merece um capítulo à parte, já que o Athletico foi finalista. A trajetória na maior competição do continente, no entanto, não foi fácil. Foram altos e baixos e emoções de sobra, principalmente nos mata-matas.
O Rubro-Negro iniciou a competição como cabeça de chave pela primeira vez na história, mas sofreu nos jogos fora de casa - a goleada para o The Strongest por 5 a 0, já citada, mostra como a campanha foi irregular. Nos jogos eliminatórios contra Libertad, Estudiantes e Palmeiras, gols nos últimos minutos e reviravoltas coroaram a trajetória emocionante no torneio.
A final tão esperada foi distante - já que a Conmebol definiu o jogo para Guayaquil, no Equador. Diante do Flamengo, o Furacão fez um bom começo de jogo, mas a expulsão de Pedro Henrique na reta final de primeiro tempo, prejudcou os planos e definiu o campeão. A tão sonhada conquista da América novamente foi adiada.
Felipão anuncia aposentadoria; Era Paulo Turra Athletico
Como esperado, Felipão anunciou que se aposentaria do cargo de treinador após o término do Brasileiro para assumir o cargo de diretor técnico. O último jogo foi diante do Botafogo, com uma vitória por 3 a 0, e a confirmação da vaga direta na fase de grupos da Libertadores. Despedida do histórico técnico na Arena da Baixada, com direito à volta olímpica ao lado de Petraglia, placa especial e aplausos da torcida.
O fiel auxiliar Paulo Turra, 49 anos, foi confirmado como substituto no mesmo dia. Conhecedor do elenco, que foi mantido para a próxima temporada, e da filosofia do Athletico, Turra já iniciou sua nova trajetória e a expectativa é que leve o Rubro-Negro a um 2023 ainda melhor e - desta vez - com troféus.