Quem foi bem? Quem decepcionou? Veja destaques positivos e negativos do Athletico em 2023
A temporada 2023 do Athletico já chegou ao fim e é hora de avaliar quem se destacou e quem decepcionou no elenco ao longo do ano. O Furacão foi campeão paranaense invicto, caiu nas quartas de final da Copa do Brasil (eliminado pelo Flamengo), deu adeus à Libertadores nas oitavas de final (eliminado pelo Bolívar) e ficou em oitavo lugar no Brasileirão, ficando com uma vaga na Copa Sul-Americana 2024.
O desempenho, no geral, não atendeu à expectativa do torcedor, que agora espera por boas notícias e dias melhores no ano de seu centenário.
O UmDois Esportes lista os melhores, os piores, a revelação e a surpresa de 2023:
Os melhores
Bento
O grande nome na meta rubro-negra. Paredão do Furacão, manteve a regularidade no ano, com grandes atuações debaixo das traves. Titular absoluto desde o ano passado, pegou cinco pênaltis (só ficou atrás de Cássio entre os times da Série A), impediu várias derrotas e salvou o Athletico em várias partidas com defesas de deixar o queixo caído. As jornadas inspiradas renderam convocação inédita à seleção brasileira (a primeira de Diniz), mas uma lesão acabou resultando em um corte inesperado. Porém, o goleiro voltou a ser chamado em novembro, após a saída de Ederson da lista.
Fernandinho
É o cara que organiza o time, lidera o grupo, passa segurança, dita o ritmo e dá dinâmica, uma espécie de treinador "de luxo" dentro das quatro linhas. Peça fundamental na engrenagem rubro-negra, Fernandinho é a personificação do sentimento do torcedor do Athletico em campo como capitão. Diferenciado, cerebral e inesgotável, joga sério, exala profissionalismo e tem uma visão de jogo ímpar. Fez 4 gols no ano, um em cada campeonato. O volante, que escolheu voltar ao time do coração, renovou contrato por mais um ano e será a diferença no ano do centenário, para a sorte (e alívio) da torcida.
Canobbio
Esbanja fôlego, mas falta pontaria. Com o uruguaio em campo sobra disposição, velocidade e entrega. Na individualidade, não fica devendo para ninguém. Briga por cada bola, é exemplar na marcação, intenso, ajuda na defesa, mas também desperdiça oportunidades na mesma proporção. Foi peça muito importante no ano, se firmou de vez no clube e fez a sua melhor temporada, mas precisa aprimorar o fundamento da finalização para voar de vez com a camisa rubro-negra. Marcou, ao todo, seis gols em 2023.
Vitor Roque
Já deixa saudades. O atacante foi o principal destaque da equipe atleticana na temporada. Terminou como o artilheiro da equipe no ano, com 21 gols, sendo 4 no Paranaense, 1 na Copa do Brasil, 4 na Libertadores e 12 no Brasileirão. Com faro de artilheiro, suas atuações resultaram em uma das maiores vendas do futebol brasileiro (falam em 74 milhões de euros), com sua transferência ao Barcelona. O garoto, que havia chegado em 2022 ao Rubro-Negro, terminou o ano com 45 partidas disputadas - só não jogou mais porque uma lesão no tornozelo tirou-o de atividade por dois meses.
A revelação
Léo Linck
Mais uma joia da fábrica de goleiros do CT do Caju. O goleiro foi uma das gratas surpresas ao longo da temporada. Ganhou sequência com as lesões de Bento, e foi destaque na meta principalmente nos jogos contra Fluminense e Atlético-MG, pelo Brasileirão. O jogador, que possui passagens pela seleção brasileira de base, é visto pelo clube como substituto natural de Bento, que já deixou claro o desejo de ser negociado com o futebol europeu. De olho no futuro, o Athletico se antecipou e renovou em julho com Léo Linck, ampliando o seu contrato até o fim de 2026.
As surpresas
Os argentinos Lucas Esquivel e Zapelli chegaram ao longo do ano e qualificaram a equipe atleticana. Primeiro foi Esquivel, que desembarcou no CT em maio, vindo do Unión de Santa Fe. Se firmou na equipe como titular depois que Fernando sofreu grave lesão o joelho. Forte na marcação e também podendo jogar como zagueiro, consegue fazer intervenções importantes no ataque. Foi convocado para a seleção da Argentina e mostrou que pode se soltar mais e ser ainda mais útil ao Furacão em 2024.
Depois veio Zapelli, em julho, contratado como joia do Belgrano (a segunda mais cara da história do Athletico) após a saída de David Terans. Assumiu a camisa 10, apresentou qualidade e visão, dando maior mobilidade ao meio-campo, e mostrou que pode ser mais participativo e render ainda mais na próxima temporada, agora já devidamente adaptado ao clube e com mais liberdade. Fez dois gols, contra Cuiabá e Grêmio
Os piores
A lista é grande. Entre os destaques negativos do ano estão desde o técnico Wesley Carvalho na beira do gramado, passando pelo zagueiro Matheus Felipe, o lateral-direito Bruno Peres, o volante Hugo Moura e o atacante Thiago Andrade, que foram os campeões em irritar a torcida e tirar a paciência durante o ano. Bruno e Thiago não terão o contrato renovado pelo Furacão, assim como Wesley Carvalho não estará mais no comando da equipe em 2024.
Thiago Andrade, que veio emprestado pelo New York City, disputou 16 jogos e não marcou nenhum gol. Seu pior momento quando foi a novidade na escalação titular contra o Bolívar, na derrota por 3 a 1 na altitude.
Bruno foi contratado em agosto, vindo do Trabzonspor, da Turquia, após a venda de Khellven, e estava há três meses sem jogar. Fora de forma, não conseguiu se firmar na equipe, muito menos fazer alguma sombra para Madson, e deixou o clube com apenas cinco jogos (apenas um como titular, no fatídico Atletiba).
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