Polícia abre inquérito para investigar supostos casos de racismo na Arena do Athletico
A Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe), da Polícia Civil, abriu inquérito para apurar supostos casos de racismo registrados na final da Copa do Brasil, entre Athletico e Atlético-MG, nessa quarta-feira (15), na Arena da Baixada.
Três vídeos foram divulgados na internet. No primeiro, dois homens brancos passam a mão no braço, como se indicando a cor da pele, o que sugere uma ofensa racial. Um deles ainda faz uma imitação do que parece ser um macaco. Eles se dirigem a torcedores do Galo, localizados no setor superior do estádio atleticano.
Outra gravação que viralizou nas redes sociais mostra uma mulher em um camarote da praça esportiva. Ela gesticula como se imitasse um macaco, colocando a mão embaixo da axilas mais de uma vez. Neste caso, seu alvo são torcedores do time da casa.
Não houve prisão em flagrante, como foi comentado na internet, de acordo com a assessoria da Polícia Civil.
"Vamos fazer os inquéritos e pedir as imagens ao clube para identificar os torcedores. No caso da mulher é mais fácil porque foi no camarote e o dono é obrigado a dizer quem é", explica o delegado Luiz Carlos Oliveira, da Demafe.
Oliveira avalia que teriam sido casos de racismo, ao serem direcionados para a "coletividade". A injúria racial, de outra forma, é quando a ofensa é dirigida a uma determinada pessoa.
A biometria da Arena da Baixada não está sendo utilizada no acesso dos torcedores.