Petraglia “torce” pela Superliga europeia e vê exemplo para a América do Sul
Entusiasta de uma liga nacional de futebol, o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, reagiu positivamente ao anúncio da criação de uma Superliga Europeia por 12 dos maiores clubes do continente.
Questionado pela reportagem do UmDois Esportes, o dirigente disse que espera que a nova competição se materialize – e que o exemplo possa ser seguido na América do Sul.
"O 'establishment' precisa ser contestado. A estrutura de poder e domínio da Fifa de proteção somente aos seus interesses está esgotada. A crise só atingiu os clubes e não suas instituições representativas. Felizmente o movimento de independência surge no continente europeu, precisamos e torcemos para que a América siga o exemplo e tenhamos a mesma determinação", afirmou o homem-forte do Furacão, um dos idealizadores da Primeira Liga, torneio "independente" que teve edições em 2016 e 2017.
"Os clubes são os responsáveis e a base da indústria do entretenimento do esporte futebol, o mais visto no mundo, entretanto são totalmente usados e explorados e servem somente para alimentar esta estrutura velha e ultrapassada do sistema atual", complementou.
Sobre o impacto que a nova competição teria nos times de menor porte, Petraglia aponta essa questão seria responsabilidade dos maiores.
"Os grandes precisam e se encarregariam de criar a estrutura necessária para a sobrevivência da atividade", diz. "Precisamos apoiar o movimento da reforma, detalhes ficam para segunda ordem e serão resolvidos", concluiu o presidente atleticano.
Anunciada nesse domingo (18), a Superliga foi criada por 12 times: Real Madrid, Barcelona, Atlético de Madrid, Arsenal, Chelsea, Liverpool, Manchester United, Manchester City, Tottenham, Milan, Juventus e Inter de Milão.
A ideia, que enfraqueceria a Liga dos Campeões, no entanto, é rechaçada pelas ligas e federações de Inglaterra, Espanha, Itália e França, além de Fifa e Uefa, que prometem punir os clubes envolvidos com a exclusão de competições nacionais e impedindo que seus atletas possam defender suas respectivas seleções.