Petraglia mostra confiança e prevê novidades na Liga do Brasileirão até setembro
O presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, confia no avanço da liga independente formada por 40 clubes da Séries A e B para organizar o Campeonato Brasileiro.
Na metade de junho, os representantes dos times protocolaram o documento na CBF comunicando que o Brasileirão será administrado pelos clubes e não mais pela entidade. Segundo o dirigente do Furacão, o próximo passo é a criação de um estatuto, que está sendo formalizado e será registrado em cartório em breve.
Nesta semana, os clubes ouviram propostas de diferentes empresas interessadas em participar da negociação. Entre as promessas, estão o aporte financeiro de R$ 3 bilhões através da captação de investidores.
Mas Petraglia avisa que as conversas são iniciais e servem para mostrar aos clubes que a independência é possível e vantajosa. Porém, o presidente prevê novidades até setembro.
Veja a entrevista completa de Petraglia ao UmDois Esportes
O que a criação dessa instituição formada pelos clubes agrega ao futebol brasileiro?
"Independência. A primeira melhoria é que nós temos uma entidade de classe representativa que vai cuidar só dos interesses dos clubes. A CBF tem muitos afazeres e responsabilidades. Eles têm seleção brasileira, futebol feminino, tem a Série C e D, tem as Federações. E nós vamos cuidar só dos 40 clubes brasileiros. Nós temos muito por melhorar".
Não é a primeira vez que os clubes buscam essa independência. Você acredita que a liga, desta vez, irá sair do papel?
"Nós não podemos admitir que a liga brasileira, ou seja, o Campeonato Brasileiro, valha a metade do que o Campeonato Francês. Nós acreditamos que temos um espaço enorme para multiplicarmos os valores. Se você perguntar, se eu garanto que vai? O futuro a Deus pertence. Mas eu sempre busquei isso. Claro, todas as vezes eu acreditei que sairia do papel. Eu não trabalho naquilo que não acredito. Conseguir ou não, é outra história. Mas eu trabalho para sair do papel".
Os clubes ouviram propostas de empresas interessas em participar da criação da liga. Já existe algum acordo?
"As propostas estão sendo analisadas, mas não é momento ainda de dar resposta a eles. Aquelas apresentações foram feitas com objetivo de informar e deixar os 40 clubes com informações, sentimento e com a visão do que é possível fazer e valores que podemos alcançar".
Já foi decidido sobre o calendário, cotas de televisão e demais assuntos sobre a liga?
"Não foi decidido nada ainda. Vamos trabalhar em conjunto 40 clubes, que corresponde a 90% da torcida brasileira. Nos próximos 90 dias vamos ter novas informações. Se vamos ter o calendário do ano que vem, não temos absolutamente nada resolvido ainda. Se vamos alterar alguma coisa em 2022, 2023 ou 2024, ninguém entrou nesse detalhe ainda. Nós oficializamos o documento na CBF e vamos registrar a liga assim que tivermos elaborado o nosso estatuto e registrar em cartório. É nisso que estamos trabalhando agora".