Petraglia reforça meta de ser campeão do mundo e fazer do Athletico potência
Ao anunciar os novos membros do departamento de futebol, o presidente do Athletico, Mario Celso Petraglia, reforçou que o objetivo do clube é, até 2024, ser campeão do mundo.
"Se o Corinthians foi, o Internacional foi, o Santos, o São Paulo, por que não podemos sonhar em sermos também? Depende da competência, da crença, do trabalho, ninguém vai nos impedir", disse o dirigente.
Para alcançar a meta, Petraglia vê como fundamental o Furacão se transformar em Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
"O Athletico pretende abrir seu capital, pretende encontrar parceiros, para alavancarmos e sermos um dos melhores clubes da América e também do mundo. Em estrutura, o Athletico já tem hoje a melhor infraestrutura da América do Sul. Nenhum clube tem o que temos. Agora, precisamos complementar", disse ele.
Até por isso o Rubro-Negro contratou Alexandre Mattos para ser o CEO da área de negócios e relações internacionais. Será ele o responsável por investir o dinheiro do clube. Tanto que Petraglia esboçou dois caminhos possíveis para o Athletico.
"Vamos ter dois momentos. Se abrirmos o capital, que pode levar um, dois anos, aí seremos um time rico. Então são dois momentos a pensar, um já e outro na frente, que será suposição. Brinquei com ele (Alexandre Mattos) se ele vai nos ajudar a ser campeão com time pobre", completou o presidente.
Objetivo do Athletico não é comprar, mas segurar os jogadores, afirma Petraglia
Diante de uma nova realidade financeira do Furacão, Petraglia já deixou claro que o objetivo não será sair gastando e trazer peças valiosas para o elenco, e sim seguir a metodologia atual, de apostar em jovens talentos, que possam trazer retorno técnico no campo e depois serem vendidos por alto valores.
“Eu sou um grande covarde pra comprar. A política segue a mesma: comprar barato e vender caro”, brincou.
"Para o Athletico dar o salto e estar entre os melhores do mundo, precisa de uma série de coisas, saber o que quer, como quer, e todos esses passos já demos. Precisamos de fluxo de caixa, mas não para comprar jogadores de 15, 20, 30 milhões de dólares ou euros, mas sim para manter nossos jogadores aqui. Não temos condições de competir, a nossa moeda é fraca e desvalorizada. Nosso objetivo de formar e buscar capital é para manter os jogadores mais tempo aqui", explicou o presidente.
Petraglia ainda ressaltou que, recentemente, rejeitou uma oferta de R$ 90 milhões pelo lateral-esquerdo Abner, que foi comprado pelo Rubro-Negro em 2019 por R$ 10 milhões. No ano passado, o atleta fez parte do grupo da seleção brasileira que conquistou a medalha de ouro no Japão.