De uns tempos para cá, o assunto virou recorrente entre os torcedores do Athletico: quem merece ser titular na equipe do técnico Felipão, o experiente Pablo ou a jovem promessa Vitor Roque, de apenas 17 anos?
Depois da eliminação do Furacão na Copa do Brasil, diante do Flamengo, a disputa deve ganhar ainda mais força. Por hierarquia, o escolhido para a vaga tem sido Pablo, que acabou de completar 200 partidas pelo Rubro-Negro.
O jogador de 30 anos tem características que agradam o treinador, além de também exercer uma importante liderança dentro do elenco. Mas o desempenho do camisa 39, contratado em abril após pagamento da multa rescisória de R$ 24 milhões ao Cruzeiro, tem causado dúvidas na torcida sobre quem deve assumir o posto a partir de agora.
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Como atuou pela Raposa na Copa do Brasil, Roque estava impossibilitado de jogar o mata-mata nacional pelo Athletico, ficando à disposição somente no Brasileirão e na Libertadores. Quando foi titular, quase sempre foi utilizado em um time misto ou reserva.
Mesmo assim, o adolescente também foi decisivo como suplente. Ele marcou, por exemplo, o gol da classificação do Furacão às semifinais da Libertadores, contra o Estudiantes, em La Plata.
Tá em choque? Vitor Roque!
Nos números crus, Roque leva a melhor sobre Pablo. Levando em consideração somente os estatísticas de Brasileirão e Libertadores – competições que ambos disputaram – o mineiro tem seis gols marcados, contra quatro do paranaense – veja os números detalhados no fim da reportagem
E a vantagem na artilharia vem com uma média menor de minutos em campo: são 48,5 minutos por jogo para Roque, enquanto o camisa 5 normalmente permanece no gramado por 64 minutos. Os dados são do Sofascore.
O jovem atacante também já deu uma assistência, além de sofrer quatro pênaltis. O centroavante mais experiente, por outro lado, contribuiu com um passe para gol.
Pablo, contudo, tem uma grande vantagem física. É bem mais alto, com 1,85 m contra 1,72 m de Vitor Roque. O fator lhe ajuda a vencer duelos aéreos em proporção bastante superior ao concorrente pela vaga. E essa característica certamente tem pesado na escolha de Luiz Felipe Scolari.
Como são centroavantes “camisas 9” – apesar de não usarem a numeração clássica – a probabilidade de jogarem juntos é reduzida. Mas Pablo também poderia atuar aberto ou mais recuado, dependendo do sistema tático. Não seria um cenário impossível.
A resposta sobre quem ficará com a titularidade no restante da temporada está na cabeça de Felipão, que pode começar a esclarecer a questão a partir deste domingo (21), contra o América-MG, na Arena da Baixada, pela 23ª rodada do Brasileirão.
Números de Vitor Roque em 2022
| Vitor Roque | Brasileirão | Libertadores |
| Jogos (titular) | 16 (6) | 4 (2) |
| Minutos por jogo | 43 | 54 |
| Gols | 4 | 2 |
| Chutes por jogo | 1,5 | 2,3 |
| Tempo para marcar | 171 minutos | 107 minutos |
| Assistências | 1 | 0 |
| Pênaltis sofridos | 4 | 0 |
| Faltas sofridas por jogo | 1,8 | 1,8 |
| Faltas cometidas por jogo | 1 | 0,5 |
| Cartões amarelos | 4 | 2 |
| Recuperações de bola por jogo | 1 | 1,1 |
| Duelo aéreos | 20% | 25% |
| Bolas perdidas por jogo | 5,6 | 9 |
Números de Pablo em 2002
| Pablo | Brasileirão | Libertadores |
| Jogos (titular) | 11 (9) | 7 (6) |
| Minutos por jogo | 64 | 65 |
| Gols | 2 | 2 |
| Chutes por jogo | 2 | 2 |
| Tempo para marcar | 354 minutos | 227 minutos |
| Assistências | 1 | 1 |
| Pênaltis sofridos | 0 | 0 |
| Faltas sofridas por jogo | 1 | 1,3 |
| Faltas cometidas por jogo | 1,8 | 1 |
| Cartões amarelos | 4 | 2 |
| Recuperações de bola por jogo | 1 | 0,5 |
| Duelo aéreos | 54% | 45% |
| Bolas perdidas por jogo | 8,5 | 8 |