Morre Sicupira, aos 77 anos, lenda do futebol paranaense e maior artilheiro da história do Athletico
Morreu Barcímio Sicupira Júnior, neste domingo (7), maior artilheiro da história do Athletico, com 158 gols, lenda do futebol paranaense. O ex-jogador e comentarista de rádio fez recentemente uma cirurgia de pulmão e estava ao lado dos familiares, em Curitiba. O velório ocorrerá nesta segunda-feira (8), na Arena da Baixada, estádio do Athletico, aberto ao público a partir das 10h até 16h. O ex-jogador será cremado no Crematório Vaticano, em Almirante Tamandaré.
Maior artilheiro da história e ídolo do Athletico, Barcímio Sicupira nasceu na Lapa no dia 10 de maio de 1944 e sempre se destacou com a bola nos pés.
Seus primeiros passos no futebol foram em uma escolinha do Coritiba. Mas foi no Ferroviário, um dos times que originou o Paraná, que o craque estreou como profissional. Logo na primeira vez em campo deixou um belíssimo gol de bicicleta.
“Sicupa”, como sempre foi chamado pelos amigos, defendeu o Ferroviário de 1962 a 1964. Já despontando com seus lances ousados, sua velocidade e seu porte físico, chamou a atenção de um olheiro e então foi para o Botafogo onde permaneceu de 64 a 67. Ali atuou ao lado de craques da época, como Garrincha, Nilton Santos e Zagallo.
Na sequência, foi para o Botafogo de Ribeirão Preto, de 1967 a 68, onde marcou o primeiro gol da história do estádio Santa Cruz. O clube paulista, na oportunidade, goleou a Seleção Romena de Futebol por 6 a 2.
O seu time seguinte foi aquele em que deixaria seu nome gravado na história: o Athletico. A estreia no Rubro-Negro foi no dia 2 de setembro de 1968 contra o São Paulo. Neste dia, também com um gol de bicicleta, deu o empate ao Furacão e assim caiu nas graças da torcida.
No Athletico, o camisa 8 permaneceu até 1975, quando encerrou a carreira aos 31 anos. Os 158 gols pelo Furacão o colocam como o maior artilheiro do clube e considerado por muitos como o maior jogador da história. O eterno camisa 8.
Ele apenas esteve longe do Furacão durante um período em 1972, quando por empréstimo defendeu o Corinthians por uma temporada. Ele atuou pouco pelo Timão, mesmo assim ganhou a simpatia dos torcedores.
Após se aposentar, se formou em Educação Física e trabalhou como professor por alguns anos. Voltou à viver o dia a dia dos clubes paranaenses como comentarista esportivo, principalmente pela Rádio Banda B, de Curitiba.
Se aposentou do rádio por conta da idade e para cuidar da saúde, mas nunca deixou de acompanhar futebol, principalmente o Furacão. Sicupira fez recentemente uma cirurgia de pulmão e faleceu ao lado dos familiares, em Curitiba.
No ano passado, em meio à pandemia, teve sua vida eternizada na biografia de mais de 360 páginas: "Sicupira. A vida e os gols de um craque chamado Barcímio", escrita pelo advogado e jornalista Sandro Moser.
O UmDois Esportes se solidariza à família Sicupira e reverencia o grande personagem do futebol e da sociedade paranaense.